Colunista de O Jornal participa da fase final do Mapa Cultural Paulista

Publicado em 24/06/2016 00:06

Por Lucas Machado

Kayki Martins Ribeiro conquistou o prêmio de R$ 2 mil e terá sua obra enviada para todas as bibliotecas públicas do Estado de São Paulo

10 Santafessulense participa de fase final do Mapa Cultural PaulistaO advogado e colunista de O Jornal Kayki Martins Ribeiro, de Santa Fé, participou no último sábado, 18, no auditório da Biblioteca Villa Lobos, em São Paulo, da Fase Estadual do Mapa Cultural Paulista, e teve sua obra selecionada.
O Mapa Cultural Paulista é um programa da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo cujo objetivo é o de fomentar a produção cultural independente e promover a difusão de espetáculos de diversas linguagens artísticas com origem no interior ou litoral do Estado.
Kayki contou à reportagem de O Jornal que se inscreveu na modalidade ‘Crônica’, da categoria ‘Literatura’, com a obra “Meu nome é Maria Eulalia, fundadora inconsciente da Tropicália”.
“É uma crônica histórica e, ao mesmo tempo, fictícia, na qual abordo a forma curiosa como Maria Eulalia, uma funcionária estressada do setor de expedição do Registro Geral de Salvador, na Bahia, que acabou por ocasionar inconscientemente o encontro dos ícones da música nacional Caetano Veloso e Gilberto Gil, que, após se conhecerem, desenvolveram uma amizade e parceria que daria origem, juntamente com outros artistas da música e demais segmentos, ao maior movimento cultural brasileiro da história: a Tropicália”, disse.
Tendo sido selecionado, Kayki ganhou o prêmio em dinheiro de R$ 2 mil, e sua crônica receberá destaque na obra que será produzida pela organização social Abaçaí – Cultura e Arte, contendo todos os textos selecionados para a Fase Estadual da categoria Literatura, sendo que serão enviados exemplares da mesma para todas as bibliotecas públicas do Estado de São Paulo, bem como 10 exemplares para o autor.
“Foi uma experiência simplesmente incrível e enriquecedora participar do MPC. A primeira fase (Municipal) foi em Santa Fé do Sul, na qual passei automaticamente, pois era o único interessado em representar o município na modalidade Crônica na categoria Literatura. A segunda fase (Regional), que abrange toda a região de São José do Rio Preto, que conta com 96 cidades participantes, ocorreu em Rubineia”, comentou.
O MPC ocorre de forma bienal, tendo Kayki participado duas vezes, sendo a edição 2015/2016, da qual se sagrou vencedor, e a edição 2013/2014, na qual participou somente até a Fase Regional, tendo concorrido naquela oportunidade nas três modalidades da categoria Literatura (Crônica, Conto e Poesia).
“Me sinto feliz e realizado, em especial pelo fato de que, mesmo sem ter recebido o apoio da Prefeitura de Santa Fé do Sul para participar da Fase Estadual, que através do gabinete do prefeito disse que ‘não tinham dinheiro para gastar com ‘isso’’, consegui representar muito bem a minha cidade natal e a sua população, bem como muitas pessoas especiais e que sempre me apoiaram, sendo que é isso que importa de verdade”, disse ele.
Kayki contou à reportagem que não sabe precisar ao certo quantos textos já escreveu, pois, mesmo antes de fazê-lo para fins de publicação ou divulgação, sempre teve o costume de escrever sobre determinados assuntos, tendo iniciado desde muito novo com resumos de histórias de livros infanto-juvenis, como os da série Vaga-Lume, por exemplo.
“O primeiro texto que me marcou foi escrito aos 11 anos de idade, quando cheguei a ser semifinalista de um concurso de redação realizado em 2002 pela antiga TV Progresso (atual TV Tem), sendo que, naquela oportunidade, recebi muitos elogios e percebi que escrever, de fato, me fazia (e faz) muito bem. Contudo, há uns seis anos a escrita se tornou algo mais frequente para mim, de modo que, desde então, costumo escrever pelo menos dois textos por semana”.
Kayki afirmou que escrever é muito mais que uma profissão ou apenas um lazer. “Acredito que existem duas coisas que são capazes de eternizar, de fato, a nossa existência sobre a face da Terra. A primeira delas é fazer o bem, pois todas as riquezas ou títulos que alguém possa acumular, por maiores que sejam, estão fadados a um dia desaparecerem e serem esquecidos com a partida de quem os detinham. Contudo, o bem que fazemos ao próximo, por menor que seja, pode atravessar gerações, inspirar pessoas, e, até mesmo, servir de exemplo para a humanidade. Escrever é a segunda forma de eternizar a existência, pois, se refletirmos, perceberemos que os motivos são os mesmos. As ideias, sentimentos ou acontecimentos que são colocadas num simples pedaço de papel podem atravessar gerações, bem como inspirar e tocar a vida de muitas pessoas, ou da humanidade. É essa missão, invisível aos olhos de muitos, que a escrita carrega”, destacou.
Em uma postagem publicada em sua página no Facebook, Kayki disse “agradeço a Deus, a minha família, aos meus amigos, a O Jornal de Santa Fé do Sul, na pessoa do seu diretor e grande amigo Lelo Sampaio, ao ex-secretário municipal Beto Arcalá e aos funcionários da Secretaria de Cultura (os únicos da atual administração santafessulense que apoiaram, desde o início, a minha participação neste evento), e, principalmente, a minha esposa, Patricia Pelarim Cassucci Ribeiro, que me incentivou e ajudou a comparecer na Fase Estadual em São Paulo, e que esteve comigo nesse momento inesperado e de extrema felicidade. Um agradecimento também a todos os outros participantes (que, para mim, são todos vencedores), a empresa Abaçaí, realizadora do evento junto ao governo do Estado de São Paulo, bem como a toda a sua equipe de funcionários, jurados e curadoria.

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