O jejum intermitente segundo a religiosidade

Publicado em 22/10/2016 00:10

Por Vinicius da Costa

O bispo da Igreja Jesus Fonte para as Nações, Geraldo FonsecaO Jejum intermitente vem se popularizando desde que algumas celebridades disseram publicamente que o praticam rotineiramente, inclusive com prescrição de seus médicos e nutricionistas.
O método consiste basicamente em ficar em períodos curtos, no máximo 36 horas, sem comer, com o objetivo de perder peso e melhorar a saúde.
Há controvérsias entre nutrólogos e médicos sobre a eficácia desse método, e, embora muitos acreditem que qualquer um possa praticá-lo, há profissionais que não o recomendam para pessoas com distúrbios alimentares, grávidas, diabéticos e pessoas que dependem de medicamentos para controle de doenças crônicas.
Entrando no terreno da religiosidade, algumas religiões são praticantes desse jejum com vários objetivos, como a santificação do corpo, desenvolvimento da espiritualidade e sensibilidade, por voto, por tradição e até há quem faça jejuns para alcançar alguma graça.
Segundo o bispo da Igreja Jesus Fonte para as Nações, Geraldo Fonseca, dentre as principais religiões no mundo, o Cristianismo, Islamismo, o Judaísmo e o Budismo praticam o jejum intermitente com muita frequência.
“Os pastores sempre recomendam o jejum como forma de tornar o coração mais sensível a Deus, enquanto em outras religiões, como o Islamismo, há o jejum do Ramadã, que é uma tradição obrigatória para os seus seguidores como forma de renovar sua fé. Já nas religiões orientais, como o Budismo, o jejum é uma reflexão sobre a alimentação e, além de jejuar, quando comem, consomem apenas o necessário. Já os judeus praticam o jejum no feriado de Yom Kippur, ou Dia da Expiação ou do Perdão. Além do jejum, praticam boas obras, e buscam desfazer todas as pendências nos relacionamentos.”, disse.
Ele ainda afirmou que a Igreja Evangélica recomenda, em geral, que seus membros se privem de alimentos e líquidos de forma parcial, apenas algum período do dia, ou que eliminem uma ou outra refeição, ou ainda que, no lugar dos alimentos, eles possam realizar um jejum de silêncio, por um período específico, e o jejum de televisão, celular e redes sociais. Essa prática serve para reduzir o impacto que o mundo exterior tem sobre nosso mundo interior.
Geraldo Fonseca relatou que as igrejas não recomendam que seus fiéis deixem de tomar o medicamento prescrito pelo médico. “Nenhum fiel que passa por tratamento médico deve deixar de ingerir medicamentos ou realizar suas terapias. Caso ele venha a jejuar por períodos superiores há seis horas, é recomendada a ingestão de água, e, quando for por período superior a 24 horas, sucos e chás. Se a pessoa se sentir mal, não é pecado interromper o jejum; o correto é que, ao terminar, ela deve fazer uma refeição leve antes de comer algo mais consistente”, disse.
O jejum, embora for uma prática Cristã comum, o fiel não depende dele para ser salvo ou receber bênçãos pessoais. A obra de redenção foi feita por Cristo na Cruz e as bênçãos garantidas pela obediência à Palavra. “O jejum serve, exclusivamente, para aperfeiçoar a comunhão espiritual com Deus e enfraquecimento dos vícios e comportamentos negativos em nós”, finalizou o bispo Geraldo Fonseca.

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