Prefeito entrega a Deus a chave da cidade

Publicado em 14/01/2017 00:01

O nosso herói de hoje é Jairo Magalhães, prefeito eleito da cidade de Guanambi, interior da Bahia a 675 km de Salvador.
Em seu primeiro ato à frente do município de 86 mil habitantes, determinou em decreto, a entrega a Deus a chave da cidade.
O documento publicado em “Diário Oficial” reza, que sua palavra é irrevogável.
“Declaro que esta cidade pertence a Deus e que todos os setores da prefeitura municipal estarão sob a cobertura do Altíssimo”, diz o documento.
O novo prefeito do PSB, de 51 anos, afirma que “todas as forças espirituais do mal nesta cidade estarão sujeitas ao senhor Jesus Cristo de Nazaré”.
Ele ainda cancela, “em nome de Jesus, todos os pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidades espirituais”.
Em nota, o nosso herói informou que o decreto não pretendeu causar desavenças religiosas ou ir contra a laicidade do Estado brasileiro, já que foi inspirado no preâmbulo da Constituição, que promulga a lei “sob a proteção de Deus”.
“Ele, nas suas mais diversas interpretações, está presente nas variadas religiões”.
“A intenção, diante do ambiente de intolerância e assustadora violência que atormenta as famílias e a sociedade, foi de apelar a todas as crenças, suplicando a mesma proteção de Deus, que é rogada na nossa Constituição”.
Magalhães ainda afirmou que tem “total harmonia e respeito para com todos que professam, ou não, os mais variados credos”, e que não haverá “distinção de qualquer natureza” na gestão em Guanambi.
“Se algum cidadão ou religioso se sentirem ofendidos pela mensagem, o prefeito, de forma humilde e sincera, pede as mais sinceras escusas”.
Nós, leitores da “coruna”, estamos preocupados se por acaso a moda pegar, porque Magalhães não é o primeiro político a fazer tal referência.
A prefeita de Sapezal (MT), Ilma Grisoste Barbosa (PSD) e Helma Amorim (PTB), prefeita eleita de Alto Paraíso (RO) assinaram decreto idêntico inclusive com o desfecho: “E a minha palavra é irrevogável!”
Imagine a nossa Estância das Araras Multicoloridas aprovando um decreto semelhante…
Moral da estória: A gente só teria chance de reclamar para o Papa.

Última Edição