EX-PROMOTOR DE JALES INVESTIGA EXPLORAÇÃO SEXUAL DE MENOR POR POLÍTICOS DE IPIGUÁ

Publicado em 27/07/2016 17:07

Em depoimento ao Ministério Público, uma adolescente de 14 anos denunciou que foi obrigada a fazer programas sexuais com políticos, empresário, advogado, médico e servidor público de Ipiguá. No documento, ela menciona o presidente da Câmara de Vereadores, um ex-vereador, um funcionário da Prefeitura, um advogado, um empresário e um médico.
De acordo com a menor, a maioria dos encontros ocorreu em um motel próximo do trevo de Onda Verde, que não solicitava documentos da menina. “Eu realizava estes programa por volta das 15:00 horas e permanecia aproximadamente uma hora com cada pessoa”, disse a adolescente no depoimento.
O agenciamento dos programas era feito por uma mulher chamada Sílvia, que é apontada como a companheira de Abner Saulo de Oliveira Calixto, acusado de matar o delegado da Polícia Civil Guerino Solfa Neto, em junho.
“Silvia ligava para as pessoas e fazia propaganda minha, dizia que tinha uma menina de 14 anos que estava trabalhando e que era nova e bonita. A Silvia me vendia pelo valor de R$ 50 e R$ 100. Inicialmente, os encontros aconteciam na porta da casa de Sílvia ou no trevo de Onda Verde. Onde eu aguardava as pessoas que combinavam o programa com ela (Sílvia)”, afirmou a menor em seu depoimento.
A adolescente citou que os contatos que Sílvia manteve com as pessoas para agendar os programas sexuais podem estar registrados no celular apreendido pela Delegacia de Investigações Gerais. Foi a partir da investigação da Polícia Civil sobre a morte do delegado que a denúncia envolvendo a garota veio à tona.
No depoimento feito na presença de conselheiras tutelares de Ipiguá ao promotor da Infância e Juventude, André Luís de Souza, no dia 18 de julho, a menina afirma que se mudou para a casa de Sílvia após iniciar um relacionamento com o filho da mulher. A adolescente menciona que sua mãe, que não aprovava o namoro, mudou-se para Catanduva.
O promotor deve pedir auxílio do Gaeco – Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – para aprofundar a investigação em Ipiguá. A apuração vai depender, por exemplo, da quebra do sigilo telefônico dos acusados. Diário da Região

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