PRESIDENTE DA OMS DECLARA FIM DA EPIDEMIA DE EBOLA NA LIBÉRIA

Publicado em 30/08/2015 11:08

OMS declara fim da epidemia d...Após 42 dias sem novos casos, a OMS – Organização Mundial da Saúde – anunciou nessa semana que a epidemia de Ebola na Libéria chegou ao fim.
A declaração foi feita em uma cerimônia oficial ao lado da presidente do país africano.
A organização só deu por encerrada a epidemia depois de monitorar a situação do País durante o dobro da duração máxima de incubação do vírus e não registrar novos casos.
O fato foi anunciado na capital liberiana, Monróvia, por Alex Gasasira, representante da OMS, durante uma cerimônia na sede da unidade de crise anti-Ebola, na presença da presidente Ellen Johnson Sirleaf.
“Hoje, 9 de maio de 2015, a OMS declarou a Libéria livre da transmissão do vírus Ebola. Se passaram 42 dias desde o último caso confirmado por laboratório”, disse Gasasira. “A epidemia de Ebola na Libéria acabou”, concluiu. Isto representa uma conquista monumental para o País, onde em um ano, morreram mais de 4,7 mil pessoas, de um total de 10,5 mil casos.
A presidente Sirleaf também comemorou o anúncio, que encerra o mais grave surto deste vírus desde 1976. Agradeceu particularmente a equipe médica, também afetada. Foram 380 casos, e 189 mortes, de acordo com dados da OMS.
A OMS lembrou que não se pode baixar a guarda. Serra Leoa e Guiné, países vizinhos da Libéria que eram os mais afetados pela epidemia do vírus, ainda sofrem com a doença, agora em declínio.
Melhorar a vigilância
Desde o seu surgimento, no sul da Guiné, em dezembro de 2013, o vírus matou mais de 11 mil pessoas de um total de 26,5 mil casos, principalmente nesses três países da África Ocidental. Outros seis países tiveram que lidar com casos de Ebola: Mali, Nigéria, Senegal, Espanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Para a Libéria, o anúncio do fim oficial da propagação representa o epílogo de mais de um ano de sofrimento, frustração e sacrifícios inumanos, quando o país ainda estava se recuperando de 14 anos de guerra civil (1989-2003), que deixou 250.000 mortos e o colapso do Estado.G1

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