Tópicos da Semana – Edição de 25/10/14.

Publicado em 24/10/2014 23:10

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson – Tatto

Charge 25-10Eleições
Amanhã, dia 26 de outubro, a partir das 8:00, e até as 17:00 horas, pelo menos 143 milhões de eleitores deverão votar para Presidente da República, escolhendo entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), na disputa mais virulenta dos últimos 20 anos. Estima-se que até às 20:00 horas, devido a rapidez da apuração que o Brasil tem demonstrado, saibamos quem governará o País pelos próximos quatro anos.
Debates
Diferentemente do que aconteceu nos dois primeiros debates do segundo turno, quando o que se viu foi um verdadeiro pega-pega, com muita agressividade, desqualificação do adversário e dedos-na-cara, o confronto entre os candidatos ocorrido no último domingo, 19, promovido pelo SBT, foi recheado de críticas, porém o foco principal foi a discussão de propostas.
Roupa suja
Porém, o que vivenciamos, principalmente neste segundo turno, foi um verdadeiro palco para lavar roupa suja. Aécio falou em “mar de lama”, referindo-se as denúncias de Carlos Lacerda; e Dilma, por sua vez, que o tucano estava “drogado” ou “bêbado”, ao mencionar um episódio em 2011, quando, ao ser parado em uma blitz no Rio de Janeiro, se recusou ao fazer o teste do bafômetro.
Impopular
Sobre direitos trabalhistas, Dilma questionou Aécio sobre as referidas “medidas impopulares” que o tucano tomaria se eleito, e dele teve a resposta que São Paulo vive os piores números de crescimento econômico, havendo, então, a necessidade de demissões.
Tudo OK
A respeito da inflação, Aécio mencionou falas anteriores de sua rival de que a inflação está sob controle, mas perguntou por que o poder aquisitivo do cidadão diminuiu, bastando o mesmo ir ao supermercdo e ver como os precos subiram.
De quem é o pai?
Em alguns momentos, os dois candidatos divergiram sobre quem era o “pai” de alguns programas sociais, pois Dilma se referia ao “meu Bolsa Família”, enquanto o tucano retrucava “o Bolsa Família não é seu, presidente”, e Dilma, por outro lado, rebatia que seu opositor questiona coisas que “o mundo todo conhece”.
No Facebook
Que o conflito é a essência da prática política, ninguém duvida. Contudo, o que temos visto nas redes sociais, e principalmente no Facebook, diferentemente dos debates saudáveis e produtivos, demonstrando o verdadeiro interesse pela política, é um grande leque de imposições, com argumentos baixos, agressões gratuitas, como se tivéssemos que pensar exatamente como fulano ou sicrano, fazendo parte dessa ou daquela trupe, ou, então, somos a “verdadeira aberração da natureza”.
Rompimentos
Enquanto isso, famílias se rompem, amizades antigas se desfazem por divergências políticas, e isso acontece tanto em âmbito municipal como no federal. O fato é que os #políticosfacebookmaníacos muitas vezes não se lembram ou não vivenciaram acontecimentos marcantes da nossa história e, sem a mínima noção do que estão postando, simplesmente compartilham postagens aleatoriamente, causando, assim, brigas e discussões. Acabam as eleições, a vida continua e a “Poupança Bamerindus continua numa boa”.
Passando a máscara
O colunista da Folha de S. Paulo José Simão costumeiramente chamava, em outras épocas, o hoje reeleito governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Picolé de Chuchu, pela falta de graça e “sabor” que demostrava em sua face. Parece que Alckmin passou a máscara para um determinado (ou seria determinada) candidato(a) a Presidência da República.
Vexame
Ao que tudo indica, o candidato tucano foi praticamente “demitido” pelo povo mineiro, haja vista ter sofrido uma derrota no primeiro turno em Minas Gerais, seu reduto eleitoral. Esperava ele ter uma excelente votação no segundo maior colégio eleitoral e ainda teve que “engolir” a derrota de seu candidato a governador, Pimenta da Veiga (PSDB) no primeiro turno para o candidato petista Fernando Pimentel.
Pulga atrás da orelha
O que ficou evidenciado foi que grande parte do povo mineiro ficou com um pé atrás, devido a alguns escândalos envolvendo o tucano, como quando foi descoberto que houve a construção de aeroportos com dinheiro público, quando o mesmo era governador, em locais que beneficiam suas propriedades particulares e de sua família, sem conseguir uma justificativa plausível.
Otimismo
O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), em um comício realizado na noite da última quarta-feira, 22, no centro de Belo Horizonte,  falou por sete minutos para cerca de 6.000 pessoas afirmando que Minas Gerais será responsável por sua maior votação.
Escondendo o ouro
Os brasileiros só terão os dados atualizados do desmatamento da Amazônia, o número de pobres e miseráveis no País, o desempenho de nossos alunos em português e matemática e os dados sobre a arrecadação de tributos somente após as eleições.
Divulgação
No que tange ao desmatamento, o governo federal, cujo resultado é divulgado todos os meses, apenas após as eleições é que serão publicados os dados de agosto e setembro. A informação sobre a quantidade de pobres e miseráveis também não será divulgada agora – no ano passado houve um pequeno aumento de indigentes -. Outra divulgação postergada foi sobre o desempenho de nossos alunos, pois tradicionalmente um exame aplicado a cada dois anos, a mais de 7 milhões de alunos, é sempre apresentado até agosto. Mais uma informação que será divulgada apenas após as eleições é o resultado da arrecadação de tributos no mês passado. Daí…
Ufa…
A “batalha” termina amanhã, para o “bem geral da nação”, pois o fato é que muita gente já não está mais suportando esse blá blá blá, e já passou da hora de pararmos de encarar as eleições como uma briga entre o bem e o mal. Nossos amigos são muito mais importantes que nossos candidatos, embora tenhamos que votar com muita consciência, isso para que não colhamos frutos amargos num futuro bem próximo.

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