O ideal que não existe
A todo o momento em nossas vidas somos pressionados a tomar decisões. Todos os dias temos que decidir alguma coisa. Desde coisas sem importância, como a cor de uma parede com a qual vamos conviver durante vários anos, ali, olhando pra ela, na hora de dormir. O nome do filho, que vai ter que carregar aquela nossa escolha o resto da vida explicando se é com Z ou com S, sempre que for responder um formulário, até o ambiente que essa criança vai frequentar durante grande parte da sua vida e vai definir juntamente com a família a sua formação.
A cada dia aumenta a responsabilidade dos pais em relação à instituição onde vão colocar seus filhos para complementar sua educação. Complementar, é claro! Não podemos esquecer o velho dito popular: “Educação vem de berço!”.
Parece que esse ditado tem sido cada dia mais esquecido e menos praticado pelas famílias. Com isso, sobra para as escolas e para os professores. Ou deveria dizer educadores? Afinal é para a mão de educadores que estamos mandando nossos pequeninos. Ou não?
A grande maioria dos pais não se preocupa com isso! E os professores também não! Esses não estão nem um pouco preocupados em serem os educadores que alguns poucos pais almejam para seus pimpolhos.
O que será que vai acontecer? Quem está certo? Quem está errado? Qual a solução? Situações difíceis que estamos enfrentando hoje, mas, que não podem ser postergadas, ignoradas, e, sim, analisadas friamente pela nossa sociedade e principalmente por nós, responsáveis por crianças e adolescentes de alguma maneira…
Nossos jovens hoje são outros, e, consequentemente, as instituições de ensino também precisam se reciclar. Ou isso, ou os alunos continuarão desinteressados das aulas, desrespeitando os mestres, buscando nos computadores virtualmente o que lhes preencham os anseios. O mundo se lhes apresenta mais rápido. Seus cérebros mais desenvolvidos. Os neurocientistas nos demonstram isso através da tecnologia todos os dias. Precisamos correr para alcançá-los. Precisamos nos informar para ajudá-los, orientá-los.
Muitos pais procuram escolas que preparem seus filhos com informação. Esquecem da formação. Esquecem da Cultura. Esquecem da Arte. Todo tipo de Arte!
Quantos pais levam seus filhos ao cinema? Quantos têm o hábito de discutir um filme com os filhos, mesmo em casa? E um livro? Quantos pais indicam um livro, já lido por eles, aos filhos, para que depois possam conversar sobre o mesmo, criando um elo a mais, aprendendo um pouco mais sobre o outro? Utopia? Não. Questão de hábito.
Questão de cultura. Uma forma de educar, levemente, carinhosamente, com amor, desde cedo.
Teatro nas escolas! Para os jovens e seus pais. Uns dirigindo os outros. Que farra!Presenciei isso outro dia. É Arte! É divertimento.
Música. Que seja funk. “Se ela dança, eu danço!” Dança! Canto! Será que os diretores e professores não têm criatividade para criar essa integração? Será que é impossível essa escola ideal? Não seria essa a instituição que procuramos para os nossos jovens? Será que não os afastaríamos uns poucos minutos da tela do computador e das drogas?