APÓS CIRURGIA INÉDITA PARA RETIRADA DE TUMOR, MENINA MORRE POR INFECÇÃO

Publicado em 26/01/2015 10:01

Faleceu na manhã de anteontem, dia 24, no HCM – Hospital da Criança e Maternidade -, de São José do Rio Preto, a menina Alira Batista de Oliveira, de 6 anos.
A garota havia passado por uma cirurgia inédita no hospital citado, em novembro passado, para a retirada de um tumor no fêmur. Embora a cirurgia tenha sido bem-sucedida, a garota não resistiu às complicações da doença.
Na época, o procedimento cirúrgico de Alira durou cinco horas, e, durante a cirurgia, um pedaço superior do osso do fêmur dela foi cortado, e o tumor que estava dentro do osso, eliminado dentro de uma bacia cheia de nitrogênio líquido, que estava a menos de 100 graus centígrados. Após a retirada do tumor, o osso foi devolvido à paciente e colado no corpo com a ajuda de duas placas de titânio.
Nove profissionais de diferentes áreas participaram da operação. A técnica cirúrgica usada pela equipe do HC foi desenvolvida pelo ortopedista Hiroaki Tsuchiyoa, da Universidade de Tóquio. De acordo com o médico Osvaldo de Conti, que liderou a equipe, a vantagem do procedimento é que o paciente pode receber o tecido ósseo de volta, o que evita a possibilidade de rejeição.
O tumor de Alira foi descoberto em julho de 2014. De acordo com a mãe, a menina reclamava de dores na perna. “Um dia ela estava brincando em um pula-pula e a dor ficou mais forte a ponto dela sair mancando”, contou a mãe.
Ela passou por um Raio-X e foi constatada a mancha no fêmur. A partir de então, passou por quimioterapia, perdeu os cabelos e ficou internada no HCM.
O Hospital da Criança informou que a paciente morreu em decorrência de um quadro infeccioso bacteriano, causado pela baixa imunidade de seu organismo.
De acordo com a nota enviada pelo hospital, a baixa imunidade é consequência do tratamento quimioterápico a que a paciente se submetia para evitar o ressurgimento do câncer. A equipe oncológica do HCM informou ainda que o tumor cancerígeno foi eliminado com a cirurgia, porém, o risco de infecção do paciente que se submete ao tratamento quimioterápico era muito grande.
O hospital e as equipes envolvidas na cirurgia da paciente lamentam profundamente a morte. “Todos, naturalmente, acreditavam no êxito do tratamento que empregou técnica cirúrgica inédita e que, como demonstraram exames posteriores ao procedimento, eliminou o tumor”, diz trecho de uma nota divulgada pelo Hospital. DiárioWeb

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