Mais de 71 milhões em impostos foram pagos por santafessulenses
Em Jales, o valor foi de R$103,7 mi; Fernandópolis, R$ 126,3 mi; e Votuporanga, R$ 215 milhões
“O valor arrecadado em Santa Fé seria suficiente para construir 2.043 casas populares”
Por Eduardo Monteiro
O impostômetro, painel que calcula em tempo real os impostos pagos pelos brasileiros, fechou 2014 com o valor superior a R$ 1,8 trilhão, valor recorde de arrecadação no País, segundo a Associação Comercial de São Paulo. A diferença para 2013 ficou em torno de 9% maior.
O crescimento na arrecadação também aconteceu nas cidades da região. Em Santa Fé, em 2013 foram pouco mais de R$ 70,8 milhões em tributos. No ano passado, o número chegou a R$ 71,5 milhões, crescimento de 0,9%. O valor arrecadado em Santa Fé em 2014 seria suficiente para construir mais 2.043 casas populares de 40 m², principal promessa da administração.
Em Jales, o crescimento foi ainda maior, 9,64%. Em 2013, os tributos pagos pelos moradores durante os doze meses do ano foi superior à R$ 94,6 milhões, enquanto no ano passado os números saltaram para a casa dos R$ 103,7 milhões, valor este que seria suficiente para construir 90 km de ruas asfaltadas, e solucionaria o que é atualmente o maior problema de infraestrutura do município.
Fernandópolis fechou 2013 com R$ 116 milhões de arrecadação, e aumento para o ano seguinte foi de 8,9%, sendo registrada em 2014 a cifra de R$ 126,3 milhões. Com esses números, poderiam ser construídos 439 postos de saúde equipados, enquanto a cidade tem hoje apenas 14 dessas unidades.
Já em Votuporanga, os impostos geraram mais de R$ 215 milhões no ano passado, valor que, se investido, poderia contratar mais 13.393 policiais por ano na cidade, que vem registrando alta na criminalidade. O crescimento foi de 11,6% em relação ao ano anterior, quando o valor ficou em R$ 193,2 milhões.
Mesmo com o crescimento da arrecadação nas maiores cidades, o destaque para Ouroeste. O município, da região de Fernandópolis, tem 9.392 habitantes, segundo a estimativa do IBGE para 2014, e fechou o ano passado com mais impostos cobrados do que Santa Fé, cidade três vezes maior. Lá, foram R$ 76,3 milhões, 11,4% a mais que em 2013, quando foram R$ 68,5 milhões. Ouroeste se destaca no setor sucroalcooleiro, com uma usina do ramo, além da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, o que gera maior rotatividade de capital no mercado, consequentemente, gerando maior tributação.