ESCOLAS DE VOTUPORANGA ADEREM À LOUSA DIGITAL

Um novo sistema está melhorando o desempenho em sala de aula nas escolas municipais de Votuporanga: é a lousa digital. No lugar da lousa tradicional, a super tela faz sucesso entre as crianças, que podem tocar e fazer desenhos com o dedo. As professoras garantem que os alunos estão mais interessados na aula.
Em uma sala de aula 30 crianças e o silêncio é quase absoluto. Os pequenos ainda não sabem ler, mas não tiram os olhos da lousa e é fácil descobrir o motivo de tanta atenção. O tradicional quadro negro já não tem serventia, o giz também não é necessário. Basta um toque da professora na tela digital para que as atividades do dia apareçam. Os desenhos e sons deixam o aprendizado mais atrativo. “O recurso possui muitas possibilidades e posso usar a lousa em matemática, português, tudo que tem na apostila posso buscar na lousa”, afirma a professora Fabíola de Castro Silva.
Um a um, os alunos são chamados pela professora para participar de jogos interativos e diante das brincadeiras, eles aprendem noções de tamanho, cores e formas. Tudo que está previsto no planejamento escolar comum para a idade, mas de uma maneira bem mais divertida. “Todo o conteúdo a gente busca uma forma de passar pela lousa, e isso estimula a criatividade”, diz a professora.
O sistema digital foi implantado nas 28 escolas de educação infantil e fundamental do município. O objetivo do projeto é usar os recursos da tecnologia para despertar o interesse dos alunos para o aprendizado. “Hoje temos crianças totalmente na era digital e que tem o interesse maior na lousa, isso facilita a vida do professor e faz com que o aluno se interessa mais na aula”, afirma Sílvia Cristina Rodolfo, secretária municipal de Educação.
O equipamento possui várias possibilidades, desde jogos a operações matemáticas. O sistema é integrado à internet, então qualquer dúvida pode ser esclarecida na hora, com uma pesquisa rápida. O conteúdo das apostilas dos estudantes é apresentado na íntegra, no formato digital. O caça-palavras colorido pela aluna Beatriz Machado no material escolar também é preenchido na lousa, com a mesma facilidade. “A gente aprende mais e aprende a fazer letra de mão e outros exercícios”, diz a estudante, de 6 anos.
A professora Flávia Pinheiro diz que a novidade tem ajudado a manter os alunos atentos às explicações e desde que o sistema foi implantado, há um ano, até a frequência aumentou. Mas o método não substitui algumas atividades tradicionais, como a leitura e escrita, fundamentais no processo de alfabetização. “O aluno capricha mais no material e graças aos recursos que temos, como é dinâmico e mexem com isso com o celular e o tablete, é muito vantajoso”, afirma a professora. G1