Tópicos da Semana – Edição de 30/05/15.

Publicado em 29/05/2015 23:05

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge de Leandro Gusson (Tatto)

Charge 30-05Eu que não sou
O que muitas pessoas na cidade se perguntam até hoje é quem seria o dono, ou donos, de um jornal que anda circulando pela cidade, de forma gratuita, com poucas propagandas e sem assinantes. Como qualquer empresa, aqui neste caso, um jornal que tem que pagar pela impressão, funcionários e afins, quem estaria o sustentando?

Antes
Para um jornal que tem mais de 45 anos de circulação e já passou por inúmeras mudanças – antes todo jornal era datilografado e os textos passavam por uma engenhoca denominada linotipo – uma máquina cujo papel é o de fundir em bloco cada linha de caracteres tipográficos, composta de um teclado, como o da máquina de escrever –, e o clichê – matriz gravada em placa metálica e destinada à impressão de fotografias – sabe muito bem o quão se tornou fácil com a chegada do offset, “fabricar” um jornal, seja ele periódico, semanário ou mensal.

Hoje
Inquestionavelmente hoje está tudo muito mais moderno, até porque para executar uma impressão é necessário somente um aparelho eletrônico que transfira as informações para uma superfície física através de variados recursos, como laser e tinta. Os objetos virtuais também podem ser impressos em três dimensões, processo que se chama prototipagem rápida.

Pois bem…
O que poucos sabem que fazer jornalismo é uma tarefa árdua, seja pelo fato de que ninguém fica milionário com esse tipo de empreendimento (a não ser que…), seja pelo conteúdo que nele está, até porque existem jornais dos mais diferentes tipos pelo mundo afora.

Não mais
O que as pessoas já não acreditam mais são os puxa-saquismos deslavados em prol de um ou outro político, para campanhas eleitoreiras etc, e o papel da imprensa é, indubitavelmente, o de relatar os fatos exatamente como eles são… mas este é um assunto a ser tratado em outra ocasião.

E vamos pra Expo
As vendas das permanentes para a Expo Santa Fé têm superado todas as expectativas. Com crise ou sem crise, o que o povo quer é se divertir, mesmo que para isso tenha que parcelar entradas, roupas e perfumes novos para se divertir o máximo, afinal a grade de shows é de alto nível, e sabe-se que tudo que o empresário Fábio Whitaker se propõe a fazer a coisa sai muito bem feita.

Ficcap pra quê?
Muita gente anda de chororô dizendo que a logomarca Ficcap deveria ter permanecido, mas, como o Edital Concorrência Pública nº 01/2015 exigia que a festa contemplasse essencialmente dois quesitos, show de boa qualidade, com artistas renomados, e rodeio, o que sobraria dessas seis letras que compõem o nome caso não viesse a existir pelo menos um desses itens, ou seja, Feira Industrial, Comercial, Cultural e Agropecuária? O povo quer pão e circo, e isso terá, com certeza.

Refrescando a memória
Em edições anteriores e sob a administração de diversos prefeitos, a festa não era paga por eles, e sim pela comissão organizadora do evento, que, por sua conta e risco, trazia os artistas. As atrações eram pagas, na maioria das vezes, como quando tivemos aqui Ivete Sangalo, Skank, Paralamas do Sucesso, dentre outros, e, dando ou não bilheteira, os cantores iam embora com o dinheiro limpinho em suas mãos.

Não pode
O que talvez muitos não saibam é que se um show for pago pela Prefeitura, o mesmo deve ser gratuito, pois não se pode fazer o uso de recurso público para essa finalidade e ainda cobrar por isso.

Agora, as grandes
Na segunda-feira, 25, a Mercedes-Benz, por meio de telegramas enviados a 500 funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, oficializou a demissão dos mesmos. Esse “pequeno” grupo estava em contratos suspensos há um ano e deveria retornar à fábrica no dia 15. Evidentemente que, com a crise no País, muitos já imaginavam (sem querer acreditar) que isso pudesse realmente ocorrer.

“Férias”
A partir de segunda-feira, 7 mil trabalhadores da produção vão entrar em férias coletivas por cerca de 15 dias. Parece que já vimos este filme em outras ocasiões.

E mais
A General Motors de São Caetano do Sul ameaça também dispensar 819 trabalhadores e é provável que empresa interrompa toda a produção de automóveis e irá colocar aproximadamente 5 mil trabalhadores da produção em férias coletivas a partir de meados de junho.

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