Chuva constante, com Malvino Salvador e Augusto Zacchi, encantou a plateia santafessulense

Publicado em 20/06/2015 00:06

Por Lelo Sampaio e Silva

Foto 12 Foto 22Após uma temporada de três meses no Rio de Janeiro, outra em São Paulo e uma turnê por Angola, na África, o espetáculo “Chuva Constante”, com os atores Malvino Salvador e Augusto Zacchi, através do Circuito Cultural Paulista, com apoio da Prefeitura de Santa Fé, através da Secretaria Municipal Cultura, foi realizado na última sexta-feira, 12, no Complexo Turístico, Cultural e Histórico.
O personagem Denny (Malvino Salvador) dá uma gravata em seu melhor amigo e companheiro de trabalho, Joey, interpretado por Augusto Zacchini, e diz “eu te amo”, como forma de demonstração de uma verdadeira amizade, porém as vezes agressiva. Os dois são policiais e amigos desde a infância.
Em entrevista exclusiva a O Jornal, o ator Malvino Salvador afirmou que fundamentalmente conta a história de duas pessoas que têm a sua conduta com relação à vida, ao trabalho, o seu ponto de vista ético, e eles vão ter que lidar com dilemas, cujos problemas vão fazer com alguns aspectos de suas vidas mudem.
“São aquelas histórias onde um acontecimento aparece e você tem que tomar uma decisão, e isso irá mudar sua vida como um todo”, disse o ator.
O espetáculo conta a história de dois policiais e esses dilemas são muito mais fortes do que os de um cidadão comum, pois devido a profissão que eles assumiram, têm que lidar com a vida e com a morte, e qualquer decisão pode ser fatal.
Eles dão sua definição particular do que é a família, assim como as questionáveis decisões que tomam em nome dela. Mas a lembrança de cada um sobre o que realmente aconteceu naqueles poucos dias, em que uma chuva constante não parou de cair, não é necessariamente igual para os dois.
“Falamos sobre a ética profissional, a forma que dois policias lidam com essa ética”, afirmou, completando dizendo que ambos, como policiais e amigos que cresceram e trabalham juntos, lidam com a postura profissional, até porque um acaba se apaixonando pela mulher do outro.
“Assim, junto a esses acontecimentos, vem toda a questão profissional, a relação deles com a profissão e com o que eles têm que lidar, e o trabalho os colocam em uma situação em que eles se encontram em algumas ocasiões onde, a partir dai, não coincidentemente, mas favorece a possibilidade de um dos amigos se aproximar da mulher do outro e ele acaba percebendo que na realidade sempre foi apaixonado por aquela mulher e sempre segurou aquilo por que era a mulher do melhor amigo, e no final esses dois personagens vão ter que se enfrentar, vão ter que resolver essa situação”, disse Malvino Salvador.
Quando questionado sobre a experiência de estar participando do Circuito Cultural Paulista, Malvino Salvador disse ser um enorme prazer, uma vez que acaba levando cultura para lugares onde muitas pessoas não têm acesso.
“Tenho consciência de que as pessoas vão ao teatro para ver o ator global, e isso acaba chamando muita gente. Porém, o interessante é que, na medida em que a história começa a se desenrolar, muitos acabam esquecendo que estão me vendo ali e veem o personagem, e isso é o mais legal de se perceber, ou seja, esse intercâmbio, essa política cultural de trazer as peças, de tirar o espetáculo do circuito Rio/São Paulo e trazer para o interior, e isso é muito gratificante, não só para quem assiste, mas também para nós que fazemos o espetáculo”, concluiu Malvino Salvador.
Segundo o secretário de Cultura, Beto Alcalá, devido a grande procura por ingressos, a Secretaria teve que disponibilizar antecipadamente mais assentos, haja vista que o local conta com 600 lugares e o publico estimado foi de pelo menos 650 pessoas.

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