Intercambiárias retornam às suas casas

Por Lelo Sampaio e Silva

O intercâmbio internacional de jovens é um programa do Rotary Internacional, voltado para adolescentes do Ensino Médio, dando-lhes a oportunidade de conhecer outros países, fazer novas amizades e conhecer outras culturas, buscando a paz mundial.
No distrito ao qual o Rotary de Santa Fé está inserido existem 20 intercambiários de 9 países, como Canadá, Estados Unidos, México, Alemanha, Bélgica, França, Dinamarca, Noruega e Taiwan.
Em Santa Fé do Sul a intercambiária Maritza Lim Ceceña, de 17 anos, residente em Los Mochis, Estado de Sinaloa, no México, que aqui chegou em 21 de agosto de 2014 e hoje está retornando para sua terra natal, perfazendo um total de 10 meses de intercâmbio, ficou hospedada em 4 residências de rotarianos, por dois meses e meio em cada casa.
Segundo Maritza, quando chegou a Santa Fé do Sul, um dos primeiros problemas que ela sentiu foi o da adaptação, uma vez que procedia de uma cidade de 300 mil habitantes e veio para Santa Fé, que conta com cerca de 30 mil.
Ela disse que foi muito bem recepcionada na cidade, que tem um povo hospitaleiro, mas nas primeiras semanas sentiu uma grande diferença na alimentação, mas gradativamente foi se adaptando. Aqui frequentou a escola e conheceu o sistema de ensino do Brasil, um pouco diferenciado do seu País.
Disse ela ainda que em sua estada no Brasil, fez algumas viagens, onde conheceu o Sul e o Nordeste do Brasil, além de ter ficado encantada com as belezas do Rio de Janeiro e Natal.
“Durante o tempo que permaneci em Santa Fé do Sul pude conviver com muitos brasileiros daqui e de diversas regiões por onde viajei. O Brasil tem um povo receptivo, alegre e festeiro. Além disso, tive a oportunidade de conhecer outros intercambiários. Estou retornando para minha casa e sei que vou sentir saudades, pois, apesar da diferença cultural, aprendi muito com os brasileiros”, afirmou Maritza.
Hanna Lethicia Apolonio Silva, de 18 anos, de Santa Fé do Sul, participou do intercâmbio de 12 de agosto de 2014 a 2 de junho de 2015, e esteve na cidade de Tijuana, no Estado de  Baja Califórnia, que tem cerca de um milhão e trezentos mil habitantes, e foi hospedada por duas famílias.
Segundo ela, no início teve dificuldades em adaptar-se por conta da alimentação e também por causa de estar longe de sua família, uma vez que nunca havia saído de Santa Fé do Sul sozinha e por um período longo, mas que, após quatro meses, se adaptou e sentia-se muito feliz.
Ela disse que os mexicanos são muito alegres e lá foi muito bem recebida. Frequentou a escola durante o intercâmbio e fez muitas amizades e foi uma experiência única, que serviu muito para o seu amadurecimento, pois ficou 10 meses num país que não conhecia e com uma cultura diferente, por isso tinha que saber lidar com suas emoções e dificuldades.
Afirmou também que fez uma viagem, onde os intercambiários vão a vários estados e teve a oportunidade de visitar muitos lugares encantadores, os quais jamais imaginava um dia conhecer
“Dizer que o México e o Brasil são parecidos isto não é verdade, pois cada um tem suas características e não deixam de ser interessantes”, disse.
O atual vice-presidente do Rotary Club de Santa Fé do Sul, Luis César Rodrigues, oficial de intercâmbio, é a pessoa que avalia os jovens de nossa cidade que pretendem participar desse tipo de evento, além de ser o responsável pelos intercambiários que aqui chegam.
“Apesar dos choques culturais que os jovens encontram no intercâmbio, podemos afirmar que as duas foram bem sucedidas, entendendo a grande proposta do Rotary Internacional, que visa a aproximação de pessoas e países com culturas tão distintas”, afirmou Luis César Rodrigues.