Comerciantes já sentem os efeitos da crise
Por Lelo Sampaio e Silva
A reportagem realizou nesta semana, uma pesquisa junto aos comerciantes locais sobre a situação econômica vivida no país nos últimos três meses e grande parte reclamou da crise vivida pelo país.
A maioria dos entrevistados disse que atualmente as vendas sofreram uma retração em torno de 30%, o que torna mais difícil a manutenção do seu negócio, uma vez que a carga tributária é grande e também os índices de inflação estão próximos de dois dígitos.
Um dos entrevistados disse que nos últimos três meses houve uma queda em relação ao ano passado e acredita que agora, após a Expo 2015, cairá um pouco mais, apesar da melhora ocorrida na semana que antecedeu a festa. Outro, disse que também houve a queda, mas, como a Expo 2015 foi uma festa paga, acredita que não haverá queda nas vendas, pois muitas pessoas não puderam ir, e, com isto, acredita que a situação continuará a mesma. “Estamos preocupados como será daqui a três meses”, disse.
Quem anda pelo comércio da cidade pode perceber que algumas lojas, inclusive, tradicionais da cidade, encerraram suas atividades, uma vez que muitos prédios comerciais estão fechados.
Numa das lojas visitadas, um vendedor disse que o movimento caiu bastante e que ele até se sente feliz quando os clientes entram para comprar, mas a maioria vê os produtos, consulta o preço e “deixa prá outro dia”.
Com relação à inadimplência, a maioria dos comerciantes disse que está como antes, pois grande parte dos comerciantes só vende à vista ou através do cartão de crédito. Outros que possuem crediário próprio disseram que o nível de inadimplência é baixo.
“O grande vilão deste período tem sido a inflação, pois atualmente compramos os produtos pelo mesmo preço que os vendíamos há alguns meses, o que ocasionou um aumento nos preços”, disse José Guido, da Guido confecções.
Fabiano Fazzio, chefe do cadastro mobiliário da Prefeitura, disse que no 2º trimestre deste ano, 25 empresas encerraram suas atividades junto àquele órgão, e que a fiscalização está visitando os prédios comerciais fechados no sentido de orientar os que encerraram suas atividades a comparecer na Prefeitura para a baixa necessária, mas muitos deixam para fazê-lo depois de algum tempo, o que leva a crer que existe um número maior de encerramentos, mas que este trabalho de fiscalização só será fechado em agosto.