Tópicos da Semana – Edição de 11/07/15.
Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)
Trio la-ri-larai
Como Juninho Zocaratto tem dito por aí que, por motivos pessoais e empresariais, não sairá candidato a prefeito nas próximas eleições, os comentários são de que o PMDB, juntamente com o grupo do 15, vem pensando em três possibilidades para a disputa do Poder Executivo o vereador Evandro Mura; o empresário José Rafael Martins, conhecido como Faíco; e o vereador Wagner Antonio Pereira Lopes, o Vaguinho.
Desafinados
O que tem se visto, contudo, é que esse trio parece não ter ‘decolado’, ou melhor, ‘desafinou’ em termos de base popular ou empolgação, daí, como se diz em espanhol, sabra Diós…
Enquanto isso
Ao que tudo indica, Itamar fará das tripas corações para convencer Juninho a ser candidato, pois, com seu prestígio como deputado e com o dinheiro do referido empresário, crê que será, caso isso aconteça, uma luta já ganha.
Enquanto isso II
Caso realmente o empresário, por qualquer motivo, não se candidate ao pleito, seu provável “meninos dos olhos” será Faíco, porém, dizem por aí que o ele seria como cobertor de pobre – cobre os pés, descobre a cabeça –, pois, mesmo sendo um exímio empresário, falta-lhe talvez conhecimento administrativo e principalmente político.
E o ministro?
Este, sim, terá tudo para construir uma grande aliança de forças entre o 15 e o 45, inclusive com a participação do PT, uma vez que é ministro do Estado, santafessulense, carismático e o “pai dos políticos da cidade”, e que ajudará a passarmos por esses tempos bicudos, haja vista a escassez de dinheiro.
Gilberto e Ortêncio
Esses não seriam candidatos a prefeito, mas poderiam participar dessa aliança como vice – qualquer um tem prestígio e respeito para compor a chapa majoritária –; entretanto, somente na iminência de Elena Rosa como candidata a prefeita, uma vez que o DEM, partido de Ademir Maschio, o PT não coliga, a não ser que ocorram muitas mudanças…
Sai pra lá…
Em convenção do PSDB no domingo ,5, diversos tucanos e políticos de outros partidos de oposição fizeram ataques à gestão Dilma e disseram estar “preparados” para assumir o governo. Os oposicionistas disseram ainda que o governo Dilma pode acabar “talvez mais breve do que imaginam”.
A Pinóquia de Vermelho
A presidente respondeu às declarações e disse que há um setor da oposição “um tanto quanto golpista”. Foi enfática ao afirmar que não deixará o cargo, e desafiou os que defendem seu afastamento a provar que está envolvida em corrupção, e disse que “eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Vão provar que algum dia peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles provar. Todo mundo neste país sabe que não. Quando eles corrompem, eles sabem quem é corrompido”.
Ó, coitada!
Essa subida de tom da presidente Dilma em relação aos rumores sobre impeachment repercutiu bem no PT. O vice-presidente e responsável pela estratégia de mídias sociais do PT, Alberto Cantalice, disse que não é possível prever a repercussão da entrevista na internet, mas gostou do tom da fala de Dilma e relatou que a coitada está indignada, uma vez que vem sendo desrespeitada seguidamente por opositores. Agora, após todas essas chapuletadas, o partido deverá trabalhar um discurso mais duro de Dilma em seus canais oficiais.
Mandona
Na noite de segunda-feira, em reunião com o Conselho Político, a presidente afirmou que irá defender seu governo ‘com unhas e dentes’ até o final de seu mandato, e, a respeito das tão famosas delações premiadas ouvidas na Operação Lava Jato, que põem em dúvida a regularidade das doações que sua campanha eleitoral recebeu, disse, com ar de mandona, que os delatores terão que provar o que estão dizendo.
Defesa
Assim, ela está preparando o que chamou de “defesa consistente” a ser apresentada no Tribunal de Contas da União ainda neste mês, e sobre as “pedaladas fiscais”, deverá se defender acusando outros governos de fazerem manobras do tipo.
O feitiço contra o feiticeiro
Em 20 de outubro de 2014, ao comentar as primeiras delações da Lava Jato, a presidente Dilma Rousseff disse que “Para obter provas, a Justiça e o Ministério Público valeram-se da delação premiada, um método legítimo, previsto em lei. É muito útil para demonstrar esquemas de corrupção”. Em 29 de junho deste ano, afirmou que “Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é”.