FUNCIONÁRIOS DA SANTA CASA INICIAM MOVIMENTO PARCIAL DE GREVE
Como prometido, os funcionários da Santa Casa de Fernandópolis entraram em um movimento parcial de greve na manhã desta terça-feira, 21, após não receberem o salário referente ao mês de junho até a tarde de ontem.
No momento, trabalham no hospital apenas os servidores responsáveis pelos setores de urgência, como o Pronto Socorro e a UTI-Unidade de Terapia Intensiva, além, claro, dos médicos, que são filiados a um sindicato próprio.
A diretoria da Santa Casa havia acertado com o sindicato da categoria que, se não quitasse os vencimentos até esta segunda-feira, 20, estaria ciente de que os servidores entrariam em greve na manhã de hoje.
Por meio de uma nota oficial enviada no final da tarde de ontem para a imprensa, a Santa Casa de Fernandópolis informou que pagará o funcionalismo nesta terça-feira, 21.
O hospital alega que o Governo não repassou os recursos referentes aos serviços prestados pelo SUS, e, com isso, atrasará o pagamento.
Confira a nota oficial enviada pela Assessoria de Comunicação do hospital:
“O Hospital de Ensino Santa Casa de Fernandópolis vem por meio deste informar que até a presente data, dia, 20, de julho, não foi realizado o repasse de recursos referentes aos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS), motivo pelo qual não foi possível efetuar o pagamento dos salários dos colaboradores do hospital.
Em consulta ao setor de Finanças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a Santa Casa de Fernandópolis foi informada que os repasses de verbas do SUS destinados a todos os hospitais do Estado de São Paulo seriam adiados para o dia, 21, de julho, terça-feira.
Ressaltamos que tal atraso se dá em nível estadual em todos os hospitais que prestam atendimento ao SUS. Segundo a Secretaria de Saúde, este impasse deve-se a problemas na planilha de dados do governo.
Assim, reforçamos que tais dificuldades financeiras, que fazem parte da realidade de todas as Santas Casas do Brasil, deve-se ao subfinanciamento do SUS. Em estudo realizado pela Federação das Santas Casas (Fehosp), em média, os valores repassados aos hospitais cobrem apenas 60% do custo real dos procedimentos médicos.
Reiteramos que estamos trabalhando de modo a encontrar meios que possam amenizar tais dificuldades a fim de continuar prestando tão importante serviço à nossa comunidade”. Região Noroeste