BRINQUEDO DE PARQUE AQUÁTICO DEIXA EMPRESÁRIO TETRAPLÉGICO

Publicado em 31/07/2015 13:07

Está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Austa o empresário Carlos Alberto Magon, 49 anos, vítima de um acidente em um brinquedo do parque aquático Thermas dos Laranjais, em Olímpia. O paciente está tetraplégico.

Magon estava no brinquedo chamado “bolha gigante” – uma bolha inflável de quatro metros de altura, com uma piscina em volta, que possui corda para ser escalada.

Na queda, a vítima teria batido a cabeça no fundo da piscina, que tem profundidade de cerca de um metro.

O empresário passou pela Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Olímpia e foi levado para na Santa Casa da cidade, onde deu entrada às 17:30 horas no último dia 21, data do acidente. De acordo com a instituição, vítima de traumatismo não especificado no pescoço. Devido a gravidade da lesão, ele foi transferido para o hospital Austa, em Rio Preto.

A assessoria de imprensa informou que ele continua internado na UTI, porém disse que não poderia dar detalhes do quadro de saúde do paciente. No boletim de ocorrência, registrado na delegacia de Olímpia no 24, consta que Magon foi submetido a cirurgia no Austa, mas que ficou com “sequelas de natureza gravíssima, pois está sem o movimento nas pernas e nos braços”.

Morador de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a vítima passava o final de semana com a família no parque aquático quando resolveu participar da Bolha Gigante. O brinquedo é considerado como radical pelo clube, mas pode ser utilizado por crianças acima dos seis anos de idade e é classificado com uma “atração para a família”.

O problema, segundo o delegado Marcelo Pupo de Paula, é a pouca profundidade da piscina aonde caem os participantes que escorregam pela bolha.

Segundo ele, a polícia já registrou pelo menos outros quatro acidentes no brinquedo. “É raso, por isso se torna perigoso, principalmente para pessoas mais pesadas. Tivemos alguns casos de acidentes registrados aqui. Em um deles, um homem quebrou o braço ao bater no fundo da piscina”, afirmou.

Inquérito

O caso foi registrado como lesão corporal culposa. O delegado responsável pelo caso enviou ofício ao Austa solicitando informações sobre o quadro de saúde da vítima e deve instaurar inquérito para apurar o acidente. “É um caso muito grave para ficar em um termo circunstanciado. Estou esperando as informações do hospital para instaurar inquérito”, afirmou.

O delegado disse ainda que vai pedir uma perícia no local. O objetivo, segundo ele, é verificar a segurança do local. “Os familiares falaram da falta de monitores. Lá tem bastante funcionários, mas nesse caso um monitor ou um salva-vidas não resolveria o problema. Temos de cobrar por melhorias na segurança do brinquedo. Uma delas é aumentar profundidade da piscina”, disse.

A reportagem procurou familiares pelo telefone celular e fixo, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso. Representantes do Thermas também foram procurados, porém não retornaram as ligações até às 20:00 horas de ontem.

diariodaregião

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