Santafessulenses e brasileiros em geral assumem que não conseguem mais quitar suas dívidas

Publicado em 5/09/2015 00:09

Crise econômica tem levado mais consumidores a enfrentar dificuldades financeiras

Por Daniela Trombeta Dias

ACEA cada dia a crise econômica aumenta e a situação fica pior para os brasileiros, e, por isso, muitos não estão mais conseguindo efetuar pagamentos e já encontram dificuldades para deixar em dia a vida financeira, priorizando apenas contas essenciais como água, energia, aluguel e alimentação.
Segundo um estudo realizado em todas as capitais pelo SPC Brasil – Serviço de Proteção ao Crédito –, e a CNDL – Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas –, quatro em cada dez brasileiros, ou seja, 45% da população estão inadimplentes e não têm condições financeiras de pagar suas dívidas atrasadas em um intervalo de até três meses.
De acordo com o levantamento do estudo, a perspectiva de continuar inadimplente é mais frequente nas classes C, D e E (46%) do que nas classes A e B (32%). A justificativa é de que pelo menos 52% dos consumidores estão gastando mais do que seus ganhos mensais.
A demora em efetuar os pagamentos ocasiona a inclusão do nome do inadimplente no SCPC – Serviço Central de Proteção ao Crédito –, o que impede que o mesmo continue efetuando compras, caso vá até algum estabelecimento para abrir conta, ou faça pedido de cartão de crédito ou mesmo tenha que solicitar algum empréstimo ou financiamento.
Em Santa Fé
Segundo dados da ACE – Associação Comercial e Empresarial –, de janeiro até agosto, 765 moradores tiveram os nomes inclusos no SCPC, e, no mesmo período, 814 pessoas pagaram dívidas em atraso e, dessa forma, tiveram os nomes retirados do Serviço no mesmo período.
No caso das empresas, de janeiro até agosto, nove foram incluídas como devedoras e três quitaram as dívidas e foram excluídas do cadastro. Já 55 encerram seus serviços e pediram a dissociação da ACE e 10 outras novas foram associadas.
Tipos de dívidas
Os valores médios das dívidas dos inadimplentes e suas rendas são consideravelmente diferentes e o dinheiro de plástico (cartão de crédito) é o principal responsável pelas dívidas (42%), seguido pelas parcelas de cartão de lojas (41%).
Os empréstimos junto a bancos e empresas financeiras equivalem a 25% das dívidas; contas de telefone, 11%; cheque especial, 10% e parcelas a pagar no carnê, boleto ou cheque pré-datado, 10%.
O desemprego também é um dos motivos do atraso nos pagamentos de contas, assim como estar com o salário atrasado. O descontrole financeiro e a falta de planejamento também são motivos.
Como renegociar as dívidas
Seguindo o estudo do SPC Brasil, apenas 52% dos consumidores possuem condições para o pagamento da dívida atrasada. Já 37%, procuram os credores para realizar um acordo e pagar as dívidas com prazos mais longos; 11% efetuam cortes no orçamento e 9% passa a fazer atividades extras para gerar renda.
Outra medida tomada pela maioria dos consumidores é retirar do débito automático, contas como de energia, telefone fixo e móvel e água, pois, dessa forma obtém um prazo maior para efetuar os pagamentos.

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