MEDICAMENTO PARA ESCLEROSE MÚLTIPLA SERÁ FABRICADO NO BRASIL

Publicado em 12/09/2015 12:09

Atualmente importado da Alemanha, o medicamento Betainterferona 1ª subcutânea, usado no tratamento da esclerose múltipla, passará a ser fabricado no Brasil. Normalmente, esse é o primeiro medicamento indicado para tratar a doença.
O acordo de transferência de tecnologia foi assinado na última semana entre o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e os laboratórios Merck e Bionovis.
O instituto Bio-Manguinhos terá sete anos para incorporar todas as etapas de produção. No final desse prazo, o remédio será totalmente fabricado no Brasil.
A primeira remessa do medicamento dentro do acordo de transferência de tecnologia chega em novembro. A expectativa é de a medida gere uma economia R$ 27 milhões para os cofres públicos, já que o medicamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde – SUS -, é de alto custo.
Cerca de 12 mil pacientes estão em tratamento pelo SUS, sendo que 3,5 mil utilizam a Betainterferona 1ª, classificada como medicamento de alto custo.
Para o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o acordo contribui para a sustentabilidade do SUS e para a autonomia do país. “Você tem a garantia de produção nacional com pleno domínio da tecnologia, já que você está garantindo a apropriação do conhecimento para desenvolver esses produtos. Isso, do ponto de vista da soberania nacional, é fundamental, porque nos torna independentes de flutuações de preços de mercado internacional.”
O diretor do Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, disse que a transferência de tecnologia permitirá ao instituto desenvolver novos produtos. “Estamos falando de tecnologia de ponta. Para nós é muito importante, não olhamos só os produtos e, sim,a plataforma tecnológica com que são desenvolvidos. Há possibilidade de desenvolvermos novos produtos nessa plataforma tecnológica, agregar valor para a organização a partir dessas discussões de transferência de tecnologias.”
Doença
A esclerose múltipla – EM-, é uma doença crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal e que interfere na capacidade do cérebro e da medula espinhal para controlar funções, como caminhar, enxergar, falar, urinar e outras. Brasileiros

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