Botijão de gás sofre novo reajuste

Publicado em 12/09/2015 00:09

Por Daniela Trombeta Dias

MATÉRIA GASMais um reajuste do Governo foi repassado para a população. Dessa vez o preço do gás de cozinha sofreu aumento de 22%, sendo um dos maiores reajustes feitos nos últimos anos.
A Petrobras anunciou aumento de 15% em suas refinarias no preço médio do Gás LP, mais conhecido como gás de botijão, e o Governo, de 7%, sendo, portanto o aumento de 22%.
Este é o segundo reajuste do botijão neste ano. Normalmente, o produto tem seu preço elevado apenas nessa época do ano, quando há o dissídio dos trabalhadores do setor. Entretanto, neste ano, os revendedores aumentaram em aproximadamente 5% o preço do gás em março, utilizando como justificativa a alta do óleo diesel e a elevação nos custos com pedágios.
Em Santa Fé, os novos valores começaram a ser repassados desde o início desde mês, passando em média de R$ 47,00 (quando o botijão é entregue na casa do consumidor), para R$ 55,00, e de R$ 45,00 (quando o consumidor busca o botijão na empresa distribuidora), para R$ 53,00.
Segundo Zilda Mancin, da Copagás, este último aumento, apesar de ser considerável, foi mais bem aceito pelos consumidores.
“Eles sempre reclamam quando há aumento como se a culpa fosse da empresa que distribui; porém, desta vez, como houve mais divulgação na TV sobre o assunto, os consumidores parecem ter entendido o porquê do mesmo”, explicou ela.
Disse ainda que é importante esclarecer que as empresas distribuidoras não obtiveram lucro algum com esse último aumento. “Só estamos repassando o reajuste e não temos mudança na margem de lucro, que continua a mesma, e, ao contrário do que muitos pensam, para nós, distribuidoras, a situação também ficou complicada, pois trabalhamos muito com vendas à prazo, que é o famoso ‘fiado’, e por isso temos que ter dinheiro no bolso para manter os fiados até a data do recebimento dos mesmos. Se formos analisar, teríamos que vender o botijão por R$ 57,00, R$ 58,00, só que isso seria inviável”, disse Zilda.
Já o reajuste para o gás de cilindro, usado em restaurantes, padarias e indústrias foi de 7%, passando de R$ 200,00 para R$ 212,00. Dessa forma, tanto grandes comércios, quantos os pequenos que dependem do gás de botijão para sua produção, terão que fazer o repasse no valor dos produtos que vendem.
“Acho simplesmente uma pouca vergonha, e é sempre o povo que paga a conta. Não sei onde esse país vai parar, mas, pra onde for, com certeza estará falido. Daqui a pouco o povo não terá mais como comprar alimento e nem dinheiro para comprar o gás e voltaremos na época dos homens das cavernas”, relatou o motorista Mário Dias Moreira.
A moradora aposentada Leonice Aparecida relatou que usa um botijão de gás a cada dois meses. “Porém, vou dar um jeito de economizar mais ainda, pois com meu salário de aposentada tenho que comprar alimentos, pagar água, luz, e ainda remédios, e, quanto mais economizar, melhor”, afirmou.

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