Moedas estão em falta no comércio de Santa Fé

Publicado em 19/09/2015 00:09

Por Lucas Machado

capa moedasAtualmente, um dos maiores problemas enfrentados pelo comércio de todas as cidades é a falta de moedas. Em Santa Fé isso também ocorre, e com frequência.
Seja de 5, 10, 25, 50 centavos, ou até mesmo de 1 real, as moedas estão desaparecendo de circulação, e, as de um centavo, então, nem se fala, uma vez que há anos não são vistas por aí.
Uma das explicações para o sumiço das moedas é que a produção diminuiu, visto que houve corte de orçamento do Banco Central, que encomenda a produção de dinheiro para a Casa da Moeda.
Em 2013, mais de dois bilhões de novas moedas foram fabricadas, e, em 2014, este número caiu muito, para 400 milhões.
Este ano, a previsão é maior do que no ano passado, sendo 776 milhões, mas ainda bem abaixo dos números de 2013.
A diminuilção da produção de dinheiro nos últimos anos só agravou um problema que já é crônico no comércio. As moedas estão sumindo à medida que as pessoas passam a fazer um número maior de transações nos cartões de débito ou crédito, ou apenas guardam em cofrinhos.
O proprietário da Panificadora Santa Rita, Rieli Agostinho, mais conhecido como Jipão, relatou a reportagem que têm faltado moedas para dar troco aos clientes, e a solução é procurar quem tem, entretanto há aquelas pessoas que não dão moedas, pois querem depositá-las nos cofrinhos, então acaba sendo desagradável ficar pedindo aos clientes, pois nem todos colaboram.
Ainda segundo seo Jipão, não tem como realizar trocas de notas por moedas em bancos, pois eles passam pelo mesmo problema. “No meu caso, as moedas que faltam mais são as de cinquenta centavos e um real”, disse ele.
Rodrigo Martins, gerente da loja Martins Variedades, também afirma que tem faltado muito. “A solução é correr atrás, procurar pela cidade para trocar. Sempre pedimos para que os clientes paguem com moedas. As moedas que mais faltam são as de um real, cinquenta centavos e vinte e cinco centavos”, relatou ele.
Para Denise Liria, escrevente do Cartório de Tabelião de Notas e Protesto de Santa Fé, o problema é o mesmo. “Pedimos para conhecidos, recorremos às redes sociais e aos bancos, mesmo não obtendo sucesso. Sempre perguntamos aos clientes se há moedas para facilitar o troco”, disse.
Ainda de acordo com ela, todas as moedas estão em escassez. “A maioria das pessoas quer economizar guardando as moedas em cofrinhos”, disse ela.
Denise finaliza dizendo que “quando os bancos têm a disponibilidade de fornecer, recorremos aos mesmos, mas até com eles temos dificuldades para troca”, finalizou a escrevente.

Última Edição