Diretor da UPA fala sobre o concurso recentemente realizado, bem como o que mudou com a paralização dos serviços da Santa Casa
Por Lucas Machado
Instalada há um ano e oito meses em Santa Fé, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento – funciona 24 horas, com o objetivo de atender casos de urgência e emergência.
Apesar disso, a maioria dos atendimentos é ambulatorial, e estes devem ser atendidos nas referidas ESFs – Estratégias de Saúde das Famílias –, a qual pertencer ao paciente, exceto aos sábados, domingos e feriados, quando as mesmas estão fechadas.
Assim como qualquer estabelecimento, autarquia, entidade ou hospital, a UPA também passa por dificuldades, e recebe críticas, reclamações e sugestões.
A reportagem de O Jornal entrevistou, nesta semana, o diretor da UPA, José Roberto Pietrobom, para saber como a unidade está lidando com a paralisação parcial da Santa Casa de Misericórdia da cidade, uma vez que, usualmente, os atendimentos de gravidade maior eram transferidos para a entidade.
De acordo com José Roberto, com a paralisação no atendimento da Santa Casa, a UPA ficou um tanto quanto sobrecarregada, em virtude de haver esta parceria com a mesma. “Neste momento, tivemos que manter os pacientes por um período maior na Unidade, evidentemente, dependendo da gravidade do caso. Com isto, também houve um aumento na realização de exames”, relatou José Roberto.
Ele explicou ainda que os pacientes avaliados pelos médicos com maior gravidade são encaminhados à Santa Casa, que, de acordo com a necessidade, são posteriormente transferidos para outros centros.
Ao ser questionado a respeito do Concurso Público realizado no mês passado, o qual foi alvo de muitas críticas e reclamações da população, José Roberto destacou que “foram apresentados alguns recursos administrativos e todos foram sanados pela empresa contratada. Porém, após a publicação final da classificação, alguns candidatos, insatisfeitos e não classificados nas vagas disponíveis nos cargos, entraram com um abaixo assinado junto ao Ministério Público local, onde estamos aguardando o parecer do Excelentíssimo Senhor Promotor de Justiça”.
José Roberto relatou que foram disponibilizadas 26 vagas para o cargo de Técnico em Enfermagem e foram inscritos 78 candidatos; entretanto, somente seis foram aprovados. Já para o cargo de Assistente Social, foram inscritos 90 candidatos e somente dois foram aprovados. De acordo com José Roberto, foram convocados alguns candidatos que passaram na prova, e estes estão trabalhando por um contrato emergencial de 45 dias. “Todos que passaram no concurso serão chamados definitivamente após o desenrolar do processo”, disse ele.
“Quanto aos candidatos não levarem os cadernos de prova, constava a informação no edital do certame, era só lerem atentamente”, disse ele.
Atualmente, a UPA possui 48 funcionários no regime de consolidação das leis do trabalho, e 10 médicos contratados por empresa, totalizando 58, e possui, ainda, 12 pessoas na área de limpeza e segurança, que são terceirizadas pela empresa Alternativa.
Os funcionários têm jornadas de seis horas e também 12 por 36, e os médicos fazem plantões de 12 horas e 24 horas.