Lucas, o professor Pardal

Publicado em 24/10/2015 00:10

Adélio Lucas da Silva é o nosso herói de hoje.
Os seus pais, Jerônima Moisés e João Lucas eram de Lisboa, Portugal e, vieram para o Brasil para trabalhar na Fazenda São José, na beira do Rio Preto, entre Palestina e Américo de Campos, onde Lucas nasceu, no dia 15 de junho de 1941.
Naquela cidade ele completou o grupo escolar, fez o admissão e foi estudar o ginasial. Depois, em Tanabi, completou o curso normal.
Em 1963 se casou com Marina e desta união nasceram os filhos Marco Antonio e Andrea Cristina.
Em Tanabi, trabalhou nos Móveis/Eletrodomésticos Benfatti e na Nestlé e, em 1968 entrou na Cesp onde seguiu carreira. Trabalhou em toda região do oeste paulista como inspetor de redes de linha e instalador de alta tensão, segundo ele, um serviço de alta periculosidade.
Na cidade de Rio Claro fez curso de eletrotécnico e depois desta façanha, os colegas Onivaldo Cassimiro, Donizete, Feltrim e Tigrão começaram a chamá-lo de professor Pardal. Afinal de contas, ele dava aulas e ensinava os proprietários rurais a manejar as máquinas de irrigação, que existiam em grande quantidade, na época.
Depois de 25 anos de bons serviços prestados, o nosso guerreiro se aposentou, mas não ficou parado. Fazia pequenos serviços hidráulicos e elétricos para quem o procurava.
Possui cinco netos e dois bisnetos e, atualmente vive, na Estância de Santa Fé, com sua companheira Silvana e o enteado Dheyb Daniel. Hoje se dedica à pesquisa científica na área da saúde. Possui dezenas de livros de medicina e vídeos sobre a prevenção e cura de doenças através das plantas.
No quintal de sua casa cultiva pelo menos 35 árvores, da família das Oringaceas, denominada Moringa oleifera, planta originária da Índia e é considerada por botânicos e biólogos, a árvore da vida, um milagre da natureza. Vulgarmente é chamada de Acácia branca, árvore-rabanete-de-cavalo e quiabo-de-quina. Rica em vitaminas e sais minerais possui 92 nutrientes, 36 substâncias anti-inflamatórias, 18 aminoácidos, inclusive 9 essenciais que o corpo humano não produz. Segundo estudos recentes a planta possui sete vezes mais vitamina C que a laranja; quatro vezes mais cálcio que o leite; duas vezes a proteína do yogurte; quatro vezes mais vitamina A que a cenoura; três vezes mais potássio que a banana; 27% de proteínas, equivalente a carne do boi; mais ferro que o espinafre. Da árvore podem ser utilizadas as sementes, folhas, flores, vagens, cascas e tubérculos.
Lucas, o professor Pardal, tem um projeto inédito na área da saúde – produzir cápsulas das folhas de Moringa oleifera para as crianças das creches e escolas municipais, como suplemento nutricional, importante para o desenvolvimento físico e intelectual daquela população carente.

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