BANCÁRIOS DECIDEM PELO FIM DA GREVE
Após 21 dias de paralisação, os bancários do Estado de São Paulo e de outros 24 estados decidiram, na noite de ontem, 26, encerrar a greve da categoria, iniciada no dia 6 de outubro. Em todos os bancos privados, as agências voltam a funcionar hoje, 27.
Apenas os sindicatos nos estados de Mato Grosso e Roraima rejeitaram a proposta e decidiram manter a greve em todos os bancos.
A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos – Fenaban – foi de reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf-CUT –, os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas.
Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reivindicavam uma correção de 16% nos salários.
Em 12 meses, até setembro, a inflação acumulada chegou a 9,77%, segundo o IPCA-15, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –.
Durante a paralisação, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas no país chegaram a fechar as portas para o público.
Em alguns estados, os funcionários dos bancos públicos decidiram manter a greve.
Em Santa Fé, exceto o Bradesco, todas as agências aderiram a greve, o que acarretou vários contratempos para a população.