Deputado Fausto Pinato é o relator do processo de cassação do mandato de Cunha

Publicado em 6/11/2015 23:11

“O fato de ser advogado foi um dos critérios decisivos na escolha do nome”, disse o presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

Da redação

FAUSTO PINATOO deputado Federal Fausto Pinato foi anunciado nesta semana como o relator do processo que pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha, por quebra de decoro parlamentar.
De acordo com o deputado José Carlos Araújo, presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o fato de Pinato ser advogado foi um dos critérios para a escolha.
“Conversei ontem com o vice-presidente do Tribunal de Contas de São Paulo, Dimas Ramalho, que me deu boas referências do parlamentar de quando ele era assessor. O deputado pertence a um partido que não é muito grande. Fiz questão de conversar com o líder do partido, o deputado Celso Russomanno, para saber se o partido iria ter alguma interferência caso ele fosse escolhido para relator. E foi garantido pelo Russomano que nem ele nem o partido vão interferir. O deputado vai agir com sabedoria e justiça e de acordo com sua consciência”, afirmou Araújo.
Fausto Pinato disse estar tranquilo e considera positivo o fato de estar no primeiro mandato. “De certa forma, isso pesa a meu favor, porque quem tem muitos mandatos tem muita relação e o julgamento exige independência. Agradeço o apoio do presidente nacional do meu partido, Marcos Pereira, e do líder, Celso Russomanno, mas estou ciente de que a partir de agora toda e qualquer decisão é de minha responsabilidade, não é do meu líder e nem do partido. Eles me deixaram à vontade, recomendando apenas que eu faça com legitimidade, transparência, justiça e que possamos dar uma resposta correta ao país”, explicou.
Pinato informou que o relatório preliminar será entregue no dia 24 deste mês e acrescentou que o deputado Eduardo Cunha vai ser julgado como um parlamentar comum, não como o presidente da Câmara. “A partir deste momento, eu me torno um juiz e, como tal, tenho que ter imparcialidade e julgar conforme as provas dos autos. Caberá ao Conselho aprovar ou rejeitar o meu relatório”, finalizou.

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