Enfim, chove na região, e a expectativa é de que continue no início do próximo ano

Com as chuvas, as represas de abastecimento de Santa Fé estão com sua capacidade limite, e a água do Rio Paraná subiu três metros

Por Lucas Machado

Este ano, o percentual de chuvas está consideravelmente bom com relação ao ano passado, uma vez que este ano tem aumentado cada vez mais.
No ano passado, de acordo com a ETA – Estação de Tratamento de Água e Esgoto –, do Saae, choveu 1,062 mm, e, em 11 meses deste ano, já foram registrados 1,230 mm de chuva. Até o momento do mês de dezembro, foram contabilizados 60,2 mm, uma vez que choveu nos dias 4 (19 mm), 5 (23,2 mm), 6 (11,4 mm) e 10 (6,6 mm).
Após um longo período de estiagem, ocorrido nos dois anos anteriores, 2013 e 2014, Adércio Rodrigues, superintendente do Saae – Serviço Autônomo de Água e Esgoto –, se demonstrou esperançoso diante das chuvas deste ano.
“Nossa expectativa é de que chova quase todo o mês de dezembro e de que janeiro de 2016 entre com muita chuva também. O ano foi muito bom nesse sentido, diferentemente do que aconteceu em 2013 e 2014, quando choveu pouco”, disse.
Ele relatou ainda que a previsão é de que chova mais 100 mm até o fim do mês. “Hoje as represas de abastecimento de Santa Fé estão com 95% da capacidade, ou seja, estão cheias, no limite máximo”, finalizou Adércio.
De acordo com a secretária executiva da Associação de Piscicultores em Águas Paulistas e da União (Peixe SP), Marilza Fernandes, o Rio Paraná subiu três metros e 20 centímetros na margem, em relação ao nível do mar.
Ainda segundo ela, neste momento, a cota do rio está em 321,66, que é relacionada à profundidade do rio até onde está a água; entretanto, a cota mínima é de 323, para a piscicultura. Para a navegabilidade, a cota é de no mínimo 324,90. Cotas menores podem fazer com que embarcações encalhem no leito do rio.
“Imagina-se que com esse ritmo de chuvas, e com a entrada de água a cota atinja o mínimo, que é 323. Há uma previsão de que para março tenhamos a navegabilidade, pois o rio possivelmente atingirá o mínimo necessário pra se dar a navegação. Porém, haverá um prejuízo para os piscicultores, que, com a estiagem, tiveram que levar suas estruturas para dentro do rio, o que custou dinheiro, e, com o rio subindo, terão que trazer toda essa estrutura para a margem”, ressaltou.
Marilza contou também que em agosto deste ano a cota do Rio Paraná chegou a 318, 46, em relação ao nível do mar.
De acordo com o site Climatempo, está previsto até o dia 20 deste mês, 50 mm de chuva.