Antonio Flávio, 7.2
Antonio Flávio de Oliveira é o nosso herói de hoje.
Nascido aos 14 de janeiro de 1944, em Palestina, é o primogênito do casal Ana Rocha e Joaquim Atthie de Oliveira, goiano, descendente de sírio, excelente sapateiro, um profissional de alta performance. O clã dos Oliveira se completa com seus queridos irmãos Ciro, Fábio e Ana Maria.
Antonio Flávio foi da primeira turma do Grupo Escolar de Palestina.
Depois a família se mudou para Nova Granada e mais tarde para Três Fronteiras.
Aos treze anos de idade apareceu na sua vida um deputado federal, Amaral Furlan, que arranjou um emprego para ele, nos Correios. Assim ele trabalhava de dia e estudava à noite.
Em Santa Fé do Sul cursou o ginasial e depois, a Escola de Comércio do Mário Gobbi e José Clemente, formando-se técnico em contabilidade.
Na época os seus colegas de classe foram Irineu, ex-juiz de direito, que dividia a mesma carteira e o seu irmão Waldemar Motta Ramos, além de Gamen Ale, o Campo Grande, que também seguiram a carreira advocatícia. Os seus grandes amigos daquele tempo foram Natal Massaro e Gervásio, ambos do Banco do Brasil.
O namoro de infância se concretizou em casamento, na Igreja Matriz de Três Fronteiras, no dia 11 de fevereiro de 1968, há 50 anos!
Foi o enlace nupcial mais comentado na cidade. Além dos atributos da noiva, Jacira Delourdes Parreira Renda era professora, filha de Miguel Renda, conceituado farmacêutico e venerado cidadão na cidade.
Em 1970, bacharelou em Direito, na primeira turma do curso da Faculdade de Direito Riopretense, Fadir, onde foi colega de Manoel Antunes, ex-prefeito de São José do Rio Preto.
Trabalhou com Eduardo Teixeira Brancato, brilhante profissional da área e colaborador deste semanário nos tempos de Alcides Silva. Foi parceiro também de outros grandes advogados, como João Batista Azevedo e Écio Benfatti. Também foi assessor jurídico das prefeituras de Aparecida D’Oeste e Três Fronteiras até montar o seu próprio escritório de advocacia. São 46 anos de amor e dedicação à profissão.
Certa vez tive contato com o nosso herói numa sessão de júri. Eu fazia parte da lista de jurados da comarca e fui sorteado para participar de um. Era uma sexta feira santa e literalmente fiquei preso no fórum, incomunicável, até altas horas da noite, enquanto o réu, acusado de cometer homicídio ficou livre, graças ao competente criminalista, “Dr. Flávio”. Um fato que marcou a minha participação neste júri foi depois de um suculento churrasco servido na hora do almoço, pelo Restaurante Carareco. Sentado na primeira fila da bancada de jurados, entre os saudosos companheiros Faride Modesto de Carvalho e o professor Juventino, cochilei na frente do juiz e do promotor. Devo ter roncado, pois acordei com o barulho do mesmo. Depois daquele fatídico dia, nunca mais fiz parte da relação de jurados.
Antonio Flávio, gente boa, que sempre ajudou as pessoas, principalmente as humildes, foi o advogado trabalhista por excelência, pioneiro na ação de aposentadoria, na comarca.
Para os netos Tiago e Juliana, de Cristiane e Benevaldo Cardoso; Lucas e João Pedro, de Flávio e Nadir; Maria Clara e Miguel, de Fabiana e José Carlos Prates; o avô, Antonio Flávio, literalmente é um super-herói do cotidiano.