Santa Fé já contabiliza quatro casos de Dengue

A Secretaria de Saúde informou que há ainda 69 casos que não foram confirmados

Em 2014, foram 459 casos de dengue em Santa Fé
Por Lucas Machado

Devido à quantidade de chuvas no início deste ano, visto que em duas semanas deste mês já choveu 170,8 milímetros, a preocupação com a proliferação do mosquito Aedes Aegypti aumenta.
O mosquito, responsável pela transmissão das doenças Chikungunya, Zika e a Dengue, se desenvolve em água parada, limpa ou suja.
Na região os casos de Dengue são predominantes, e, só em 2014, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no Brasil foram 589.107 casos, sendo que, destes, 226.866 foram no Estado de São Paulo. Em Santa Fé, o número de casos positivos foi de 459.
De acordo com o secretário de Saúde de Santa Fé, Carlos Rogério Garcia, este ano foram registrados pelo município 77 notificações, sendo quatro casos confirmados, quatro negativos e outros 69 aguardam resultado.
Questionado sobre as ações da Secretaria, Carlos Rogério relatou que diversas ações estão sendo realizadas, tais como visitas diárias casa a casa, bloqueios nos casos de suspeita e confirmados, intensificação nas regiões com mais risco e visitas em pontos estratégicos em imóveis especiais (escolas, creches e onde concentra grande número de pessoas).
Ele disse ainda que essas visitas são feitas em média duas vezes ao mês, sendo realizada ainda a nebulização com inseticida quando há casos confirmados de Dengue. Também são feitos arrastões, o trabalho educativo de conscientização e informativo, que é realizado pela equipe de Informação, Educação e Comunicação, nas escolas, empresas e comércio, bem como atendimento à reclamações e denúncias de munícipes, entre outras.
“Todas as ações necessárias de combate ao vetor são realizadas pela Administração. Mas vale ressaltar que nem todas essas ações são suficientes se não houver a colaboração de toda a população. Exterminar o mosquito da Dengue só será possível com a soma de esforços da população e da Administração. Caso contrário, nenhuma ação será suficiente”, disse ele.
Reunião
Na segunda-feira, dia 18, representantes da Prefeitura reuniram-se com representantes das Secretarias para traçar ações no combate ao mosquito, e, ainda, no mesmo dia, foi promovida uma capacitação para médicos e enfermeiros, cujo o treinamento foi conduzido pelo infectologista Maurício Favaleça.
Durante a reunião, o coordenador de Controle de Vetores, Claudinei dos Santos, salientou as dificuldades encontradas. “Estamos encontrando muitos lotes com o mato muito alto, entulhos de construções acumulando água, carros abandonados, casas abandonadas com quintais sujos, entulho nas calçadas. A população precisa entender que todos nós somos responsáveis no combate ao mosquito”, disse ele.
Repelentes
Existe uma grande variedade de repelentes disponíveis no mercado, uma vez que, só no Brasil, são 122 que possuem registro na Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária -.
As quatro substâncias ativas dos repelentes são o DEET, também conhecido como N,N-dimetil-meta-toluamida ou N,N-dimetil-3-metilbenzamida; o IR3535, conhecido como etil butilacetilaminopropionato ou EBAAP; o Icaridina, ou hidroxietil isobutil-piperidina carboxilato ou picaridina; e as plantas do gênero Cymbopogon (citronela).
De acordo com a Anvisa, os produtos registrados tiveram sua eficácia comprovada para a ação em mosquitos da espécie Aedes Aegypti.
A OMS – Organização Mundial da Saúde – recomenta, contra o Aedes aegypti, os repelentes à base de DEET, IR3535 e icaridina.