Dona Flor e seus dois maridos
Era uma vez uma mulher casada com um cara muito galinha, mas que entendia do riscado quando se tratava de apagar o fogo de uma mulher na cama. Bem…Não vou contar esta história porque todos vocês já conhecem como uma das melhores obras de Jorge Amado(que Deus o tenha feliz lá no céu ao lado de Vadinho).
Começando outra vez: Era uma vez uma mulher muito galinha casada com um cara que não sei se era veado, mas com certeza não entendia do riscado como o Vadinho de dona Flor. Mulher sempre reclama do homem. Se ele quer mostrar serviço todo dia, é tarado e cansa a coitadinha; se não comparece pra despentear o palhaço, é porque tem outra ou porque não é muito chegado, problema de testosterona e por aí vai. Ela só não acha que pode ser falta de tesão por ela!
O tal marido em questão não fazia questão de sexo, não tinha a virilidade que a minha amiga Florípedes procurava. E achava. E quanto mais achava, mais revoltada ficava com o molengão que tinha em casa que só sabia trabalhar e dormir. Nunca correu atrás dela envernizado e pronto pra sacanagem.
Mas as pessoas um dia mudam. Seja qual for o motivo, nós de um jeito ou de outro aprendemos a viver, gozar a vida e viver de um jeito que nos faça feliz. Quem não conseguiu viver, errar, aprender com o erro e mudar, já morreu tarde. O marido de Florípedes, minha amiga da vez, chegou na idade do lobo. E aí…!!!??? O homem destrambelhou!
Pediu demissão do emprego e montou uma barraca na praia. Não quer mais acordar cedo, só vai trabalhar de havaianas e bermudão e o passatempo predileto dele é olhar as pernas e bundas da mulherada na areia. E o pior é que nem disfarça. Mas o melhor é que agora descobriu o sexo selvagem.
Certo feita, cheio de tesão, deu sorte na tentativa e traçou uma belezura na praia assim que começou a primeira noite do horário de verão. Florípedes descobriu e está uma onça. Como é que o marido tem a senvergonheza de atacar garota novinha, piriguete, com ela em casa ardendo em brasas? Ele pediu perdão, chorou, virou um perfeito malandro. Lembrei do Vadinho.
Coisas que acontecem na vida dos homens. Depois dos 50, 60, eles querem provar que ainda estão com tudo em cima. Eu juro que não condeno minha gente desde que o dever de casa esteja em dia. Nesse caso a minha amiga Florípedes ficou na mão, mesmo tendo dois maridos. Um com quem ela casou e o outro que nasceu quando passou um cometa.