Tópicos da Semana – Edição de 26/03/16.

Publicado em 26/03/2016 00:03

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson (Tatto)

Charge 26-03Sai pra lá…
O santafessulense e deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) já anunciou que vai apoiar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ele, que é um dos mais fiéis aliados do vice-presidente da República, Michel Temer, durante 10 meses, de janeiro a outubro de 2015, foi ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos. Foi demitido por Dilma Rousseff por causa da necessidade de redução de pastas. Contudo, o Ministério dos Portos continuou a existir. Edinho foi demitido apenas para abrir espaço para Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA).

Nota I
Em nota, o parlamentar afirmou que “diante da gravidade dos últimos acontecimentos políticos, comuniquei às instâncias do PMDB o seguinte: Já tenho posição definida de como será o meu voto no plenário da Câmara Federal, uma vez instalada a Comissão Especial que dará andamento ao processo de impeachment. Votarei ‘sim’ pelo impeachment da Presidente da República. Votarei ‘sim’ em favor do Brasil…”.

Nota II
“…Reitero o meu total apoio ao presidente nacional do PMDB, Michel Temer, que mais uma vez foi surpreendido por uma decisão tomada pelo Palácio do Planalto, ao nomear o deputado federal Mauro Lopes para a Secretaria de Aviação Civil. Tal medida vem em desacordo com a decisão da Convenção Nacional do partido realizada no dia 12 deste mês, que deu um prazo de 30 dias para que o partido voltasse a se manifestar sobre a permanência ou não na base de apoio da presidente Dilma Rousseff…”

O impeachment
A comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados se reuniu nesta segunda-feira, 21, para que o relator, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), apresentasse um roteiro de trabalho.

Análise
A comissão que vai analisar o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff foi instalada na quinta-feira da semana passada, 17. O prazo para que a petista apresente a sua defesa é de 10 sessões no plenário da Câmara (Agora, já são seis). Depois, o relator terá que apresentar um parecer em até cinco sessões. Uma vez votado na comissão, segue para o plenário da Câmara. Se for aprovada a abertura do processo, vai para o Senado, onde será analisado o mérito da denúncia.

Mas quem?
A Lei 1.079/50, que define os crimes de responsabilidade e regula o processo de julgamento de impeachment, é clara ao apontar quem assume o cargo caso haja impeachmen é o vice. Também é indiferente se o impedimento ocorre na primeira ou na segunda metade do mandato. Fernando Collor, por exemplo, foi afastado antes da primeira metade do mandato presidencial e quem assumiu foi Itamar Franco. Se existir um processo de impeachment da presidente Dilma, quem assumirá será o vice-presidente Michel Temer do PMDB. Também é indiferente se o impedimento ocorre na primeira ou na segunda metade do mandato.

Trocando a roupagem
O senador José Serra (PSDB-SP) disse que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) deve assumir compromissos com a oposição e com o País caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada da Presidência. O tucano afirmou que o vice tem de se comprometer a não concorrer à reeleição, não interferir nas disputas municipais deste ano, não promover uma caça às bruxas e montar um Ministério “surpreendente”.

E agora, José?
Se o vice-presidente da república Michel Temer assumir a presidência, resta-nos saber quais as condições de governabilidade de seu governo nesse terreno minado na qual se transformou a política brasileira.

Muito circo
O fato é que o que temos visto ultimamente na TV nada mais tem sido do que uma grande reunião de ban-ban-bans inflando seus egos, disputando poder, e isso nos faz lembrar a famosa música de Bezerra da Silva, Reunião de Bacana, quando diz “Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão. Se gritar pega ladrão, não fica um…”.
A corrupção está arraigada em nossa gente, e não é de hoje. Começa no ‘recibo de dentista’ comprado, ao aluno que assina lista em lugar de outro.

Olha o impeachment aí, gente!!!
Não sejamos hipócritas em não admitir que se a corrupção fosse localizada, e não arraigada na sociedade, seria fácil, era só extirpar a parte contaminada, mas não, ela está em toda a sociedade civil e política, sem privilégio de partido algum.

Merecimento
Na última sessão da Câmara de Santa Fé, realizada na terça-feira, dia, 22, pelo Projeto Legislativo nº 002/2016, proposto pelo vereador Ronaldo de Lima (DEM), foi aprovada a outorga do título de cidadão santafessulense ao Radialista Raimundo Silva, que chegou a Santa Fé do Sul onde iniciou seus trabalhos na Rádio Santa Fé, atuando como locutor de programas sertanejos, jurado de programas de auditório, como “Hora da Peneira” e “Rodeios de Violeiros”, além de comentarista de programa no “Galo nos Esportes”. Posteriormente foi atuar no departamento de vendas da atual Rádio Dinâmica FM, até recentemente, quando se aposentou.

Pré-candidatura
Na sexta-feira da semana passada, 18, a pré-candidatura de Ademir Maschio (DEM) foi anunciada pelo prefeito Armando Rossafa. Naquele dia, ele, juntamente com o vereador Alcir Zaina, convidou vice-prefeita Elena Rosa para que fosse até o seu gabinete, e lá foi dada a ela a notícia de que, segundo o próprio prefeito, em conversa com o “Grupo 45”, principalmente com ex-prefeito Antonio Carlos Favaleça, um dos “grandes cabeças” do PSDB local, entendeu que a figura de Ademir Maschio seria a mais aceitada para concorrer às eleições deste ano. Resta saber agora se Elena Rosa se lançará como pré-candidata a prefeita, se sairá como vice de Maschio ou se volta para alguma secretaria no próximo ano.

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