Pesquisa aponta relação de cães e donos
Janaina cuida de três cachorros e, de acordo com ela, sua relação com eles é de mãe e filhos
Por Lucas Machado
Assistir TV, ter festinha de aniversário e outros comportamentos foram abordados em pesquisa feita pelo serviço de hospedagem DogHero.
Se antigamente o lugar de cães era no quintal, hoje a liberdade dentro de casa é quase total, e é cada vez mais comum os tutores dividirem tudo com seus bichinhos, até mesmo a mesma cama.
De acordo com uma pesquisa feita pela DogHero, envolvendo cinco mil pessoas, 71% dormem com seus cães, sendo que 43% frequentemente e 28% de vez em quando. Entre os entrevistados, 51% admitem que seus cães costumam assistir à televisão.
Um estudo do IBGE publicado em 2015 revela que, no Brasil, o número de famílias que criam pelo menos um cachorro é maior do que o de famílias que têm crianças. São 52,2 milhões de cães, contra 44,9 milhões de crianças no País.
O relacionamento com cães está cada vez mais sendo aprimorado, de maneira que cada vez mais pessoas adotam filhotes com o objetivo de ter uma companhia fiel.
A advogada Janaina Maria Coltro, de 23 anos, de Santa Fé, tem três cachorros, da raça Poodle; a Mel, que tem sete anos, o Toy, quatro anos, e o Lulu, com três anos.
Natural de Nova Canaã Paulista, ela conta que quando se mudou da casa dos pais para Três Fronteiras, sentia-se muito sozinha. “Ganhei a Mel de uma amiga. Sempre gostei de animais, principalmente cachorros, e aqueles que eu via na rua pegava pra mim quando criança; entretanto meus pais não deixavam ter todos em casa”, contou a advogada.
Janaina contou ainda que quando veio de Três Fronteiras para Santa Fé, sua cachorrinha, a Mel, começou a ficar doente. “Ela não queria comer, e aí resolvi adotar o Toy. Um ano depois a Mel teve quatro filhotes. Dois eu doei, um morreu no parto e eu acabei ficando com o último, que é o Lulu”, disse.
A advogada relata que todos eles dormem em seu quarto, e adoram o ar condicionado. De acordo com ela, quando chega do trabalho, eles já sentem seu cheiro e começam a latir. “Trabalho fora, e durante o período da manhã e à tarde eles ficam sozinhos; porém, quando chego do trabalho eles me recebem felizes e empolgados e fazem a maior farra. Eles são lindos, só faltam falar. É como se fossem meus filhos mesmo, e cada um tem uma personalidade”, contou.
Janaina explicou que a Mel é a mais ranzinza. “Ela é minha menininha. Não deixa ninguém pegá-la no colo, a não ser eu e meus familiares; mas é o cão de guarda da casa, a matriarca dos pequenos”.
Sobre o Toy, a advogada conta que ele “é o mais dócil de todos. Toda hora pede carinho e é o mais companheiro e mais dependente de mim”.
Já o Lulu, como relata Janaina, é realmente o filho da Mel, pois é o mais bravo de todos. “É o menor da turma, mas é o que mais me dá trabalho. Late para todos na rua, e quando ele está por perto, ninguém chega perto de mim. Todos me dão carinho, mas cada um do seu jeito. São muito carinhosos.
Cuidados
Se um cachorro já dá trabalho, imagina três. Janaina conta que, como são três, eles não vão ao petshop toda a semana, pois o custo é alto. “Eles vão ao pet uma vez a cada dois meses para as tosas habituais”.
Para comer, a advogada explica que serve ração junto com patê. O banho é aos domingos, após chegarem do sítio dos seus pais. “Toda sexta-feira eles vão para o sítio, em Nova Canaã. Eles já até sabem que vão, pois ficam me esperando”.
O passeio é a hora preferida para os cachorrinhos, pois, segundo ela, eles adoram e não dão trabalho. “Levo-os antes de ir trabalhar, e após as nove horas da noite. Eles me respeitam e não saem da calçada para a rua”.
“Minha ligação com eles é inexplicável; é como se fossem seres humanos, que apenas não sabem falar, mas ainda sim se comunicam comigo de diversas formas, pois sabem quando estou feliz, estressada ou triste. O meu amor e meu cuidado por eles são incondicionais, pois trazem muita felicidade e curam qualquer doença da alma. Quem puder ter a oportunidade de ter um cachorro, que o faça. São necessários cuidados; entretanto, não há preço que pague o bem que eles fazem. Realmente são os melhores amigos do homem”, finalizou Janaina Coltro.
Castração em Santana
Teve início na segunda-feira, dia 28 de março, o projeto de castração de cães e gatos em Santana da Ponte Pensa, oferecido pela Prefeitura, em parceria com a Secretaria de Saúde e a Unidade de Controle de Zoonoses.
Este serviço de esterilização cirúrgica é gratuito aos proprietários de cães e gatos machos do município.
Os proprietários devem comparecer à UCZ para realizar o cadastramento dos animais. Não é necessário levar o animal para o cadastramento.
Este programa permanente de controle reprodutivo de cães e gatos é oferecido somente aos moradores do município de Santana da Ponte Pensa.