Mesmo com ordens judiciais, USP São Carlos não entrega a ‘pílula do câncer’
Com mandados de busca e apreensão nas mãos, advogados e oficiais de Justiça foram na quarta-feira, dia 30 de março, até o laboratório do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, pegar cápsulas de fosfoetanolamina sintética, usada no tratamento de câncer, mas não conseguiram.
Eles descobriram que elas não estão sendo mais produzidas e o local estaria ‘abandonado’ desde que o pesquisador que fazia a substância foi transferido para o laboratório de Cravinhos, onde a pílula será sintetizada para os testes em seres humanos.
A USP foi procurada, mas não se manifestou até a publicação da reportagem.
Desenvolvida no campus de São Carlos para o tratamento de tumor maligno, a substância é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos e não tem eficácia comprovada, por isso não é considerada um remédio. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes ainda são desconhecidos.