A relação entre corintianos e palmeirenses na região
Viviane e Cassio são palmeirense e corintiano, respectivamente, e nunca se envolveram em brigas por rivalidade futebolística
Da redação
Após torcedores do Corinthians e Palmeiras voltarem a se enfrentar após o jogo pelo Campeonato Paulista no último domingo, 3, no estádio do Pacaembu, nesta semana O Jornal fala sobre a relação entre torcedores corintianos e palmeirenses em Santa Fé, visto que, embora haja divergências de times, não são registradas ocorrências de brigas entre os mesmos.
Em São Paulo, foram registrados diversos conflitos na região Oeste. O caminhão da Gaviões da Fiel que transportava faixas e instrumentos da torcida encontrou dois torcedores do Palmeiras no cruzamento das avenidas Henrique Schaumann e Cardeal Arcoverde. Os torcedores corintianos, em maior número, surraram os palmeirenses a ponto de um deles ficar desacordado. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar.
Outros confrontos entre torcedores do Palmeiras e Corinthians antes do clássico já haviam terminado com um morto e dezenas de feridos. As brigas criaram um cenário de guerra em três pontos da Grande São Paulo, sendo em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo; na estação Brás, da Linha 3-Vermelha do Metrô, e também em Guarulhos, na região metropolitana. Ao todo, 30 pessoas já haviam sido detidas.
Em Santa Fé, nota-se que a relação entre os torcedores é totalmente diferente, pois há respeito, e, em algumas vezes, companheirismo, pois, por ser uma cidade menor, ocorre que um círculo de amizade ou famíliar torça por times diferentes, como o Corinthians e o Palmeiras.
No ano passado, uma pequena aglomeração de torcedores ocupou parte da rua 7, entre a Avenida Navarro de Andrade e a rua 12, após o Palmeiras ganhar o Campeonato Brasileiro. Quem esteve lá, percebeu muita pacificidade e brincadeiras entre os campeões e o time rival (Santos), que passavam pelo local.
Em entrevista a O Jornal, Cassio Henrique Venâncio, de 25 anos, relatou que é corintiano desde que nasceu. “Desde pequeno me ensinaram a gostar deste time. Na minha família há torcedores palmeirenses e, por isso, tenho uma boa relação com quem torce pelo Palmeiras”, disse.
Ele relatou também que nunca se envolveu em brigas por causa de rivalidade de times. “Todo jogo entre Corinthians e Palmeiras, eu e minha família assistimos juntos, e é sempre uma emoção muito grande. Após o resultado, ganhando ou perdendo, nós brincamos um com o outro, mas tudo sob controle”, disse Cassio.
Fugindo do convencional, Viviane Marconcini, de 32 anos, é uma mulher completamente apaixonada pelo Palmeiras. “Sou palmeirense desde pequena, por influência da minha família, que torce pelo Palmeiras. Às vezes, alguns corintianos fazem piadas sem graça, mas eu levo na esportiva, e nunca me envolvi em nenhuma briga”, disse.
De acordo com ela, quando há comemoração, é feita de forma pacífica. “Assisto os jogos desde quando era pequena, pois era tradição assistir a partidas na casa do meu avô, junto com meus primos. Agora, só falta conhecer o Allianz Parque, e levar meus filhos para conhecer também”, finalizou ela.