Mais de oito mil pessoas foram vacinadas contra a H1N1 em Santa Fé

Publicado em 21/05/2016 00:05

Por Lucas Machado

VACINAÇÃO FOTO 1A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe que começou no dia 30 de abril, terminou ontem, dia 20. Foram vacinadas em Santa Fé mais de 8.500 pessoas.
A Secretaria de Saúde de Santa Fé recebeu, no primeiro dia da campanha, 2.300 doses da vacina, sendo que estas acabaram ainda naquela ocasião. No decorrer da campanha a cidade recebeu outras 7500 doses.
Receberam a vacina gratuitamente pessoas que se enquadram no grupo de risco, sendo idosos, crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, mulheres no período de 45 dias do pós-parto, pessoas com doenças crônicas (respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas, neurológicas), obesidade, diabetes, Aids, pacientes com câncer e transplantados, profissionais da área da saúde, indígenas, detentos, funcionários do sistema carcerário e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativas.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe foi dividida em duas etapas, sendo a primeira do dia 30 de abril ao dia 20 deste mês, e a segunda, do dia 9 ao dia 20.
A vacinação aconteceu nas ESFs da cidade e na Clias – Clínica de Atenção à Saúde –.
A vacina é mito?
Em uma notícia veiculada há oito dias no site ESHoje, especialistas afirmaram que a vacina não pode evitar a morte. O diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade do Espírito Santo relatou na reportagem que a taxa de mortalidade da gripe H1N1 é semelhante à da gripe comum, e que existe uma supervalorização do impacto da doença. Segundo ele, a vacina não tem potencial para evitar mortes.
O médico ainda relata que a afirmação de que a vacina contra a H1N1 é necessária para todas as pessoas é um mito.
A enfermeira Drielen relatou à reportagem que nenhuma vacina tem 100 % de eficácia. “Acredito que não seja mito, pois há números do Ministério da Saúde que comprovam sua eficácia. Nenhuma vacina tem 100% de eficácia, mas todas têm pelo menos 90%. A eficácia é maior do que o risco de não tomar”, relatou ela.
A vacina é a trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, e distribuída pelo SUS – Sistema Único de Saúde –, e combate aos vírus da Influenza A (H1N1, ou gripe suína, e H3N2), e a um vírus da Influenza B (Brisbane, linhagem Victoria).
Estudos de eficácia do Ministério da Saúde comprovam que a vacina combate os vírus em adultos e jovens de 70 a 90%, e em pessoas de 60 anos ou mais, e sua eficácia é de 30 a 40%.
Ainda conforme os estudos, a vacina ainda reduziu 70% dos casos de pneumonia e hospitalização, 19% da hospitalização de pacientes com doença cardíaca, 16% hospitalização de pacientes com doença cerebrovascular e 50% de mortes.
Há ainda estudos que comprovam de 50 a 70% de eficácia após a aplicação de duas doses em crianças asmáticas e 63% de redução de doenças respiratórias agudas pelo vírus.

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