POPULAÇÃO ADERE A COMPRAS EM BRECHÓS
Os brechós são muito famosos em cidades maiores, principalmente em capitais, mas tem crescido o número desse tipo de loja no interior. Antigamente, roupas usadas eram mais doadas, pois o que não serve para uma pessoa pode servir para outra, mas hoje as peças podem ser vendidas e muita gente tem feito disso um negócio, como a jovem Thaisa Carla Palomo, de 27 anos, que possui dois brechós que levam seu nome, um em Três Fronteiras, e outro em Santa Fé. “Eu tinha uma lanchonete, em Três Fronteiras, mas sempre tive vontade de ter um brechó. Um dia coloquei uma peça de roupa do meu filho para vender em um grupo no Whatsapp, e, como vendi rapidamente, peguei outras peças minhas e da minha mãe e também vendi a preços populares, e vi que era viável, e então resolvi abrir um brechó na minha casa”, contou Thaisa. O brechó na casa dela que foi aberto há 6 meses deu tão certo que há dois mesesThaisa abriu um em Santa Fé. “Na minha casa, uso praticamente todos os cômodos para o brechó, e, em Santa Fé eu aluguei um salão. Muitos me falaram que era loucura, mas as duas lojas têm sido um sucesso. Muitas pessoas confundem brechó com bazar da pechincha, mas eles são bem diferentes, e quando os clientes que vão pela primeira vez ao brechó descobrem isso, viram clientes fieis”, afirmou. Hoje, Thaisa possui duas funcionárias e todos os dias, além de vender, ela também compra peças de roupas usadas para revender. “As funcionárias são amigas minhas que me ajudaram desde o início, e as roupas que eu compro para revender estão sempre em ótimas condições de uso, ou seja, não estão rasgadas ou com defeito e são para homens, mulheres e crianças, e muitas são de marcas famosas como Hit, Empório, Coca Cola e Colcci”, disse. O sucesso do Brechó da Taisa se deu também pela divulgação através de redes sociais, como o Whatsapp e Facebook. “Eu criei inicialmente um grupo no Whats, mas hoje tenho três; porém, participo de outros grupos de vendas dando um total de 25 e, ainda, uma página no Facebook, e são através delas que eu divulgo as peças que eu tenho para vender. Tem cliente que já reserva o que quer comprar assim que vê as fotos que posto. Tenho ainda clientes que trazem peças que não usam mais para que eu compre. Nesse caso, eu pago para essa pessoa em dinheiro ou ela pega em troca peças de roupas. Com certeza tem sido um negócio que favorece tanto a mim quando aos consumidores, pois muitas das roupas, calçados e acessórios são seminovos, e até novos e com a etiqueta original de compra”, explicou. Outro diferencial do brechó são os horários e dias de funcionamento. “As duas lojas eu abro de segunda a segunda, por isso recebo muita gente, principalmente aos finais de semana”, contou ela. O negócio tem sido rendável e Thaisa já planeja abrir outro brechó em mais uma cidade da Comarca. “Todos tem roupas para vender, assim como todo mundo gosta de comprar peças de qualidade, com preço popular, tanto que tenho clientes de várias classes sociais, como pessoas de baixa renda até médicas, dentistas, advogadas, ou seja, com uma situação financeira mais confortável”, finalizou. Adriana de Araújo Gimenez é uma das clientes do brechó. “Eu vim da capital para Santa Fé e sempre comprei em brechós, pois tenho cinco filhos e, dessa forma, economizo mais. Lá em São Paulo existem muitos brechós, mas no interior não. Aqui fiquei conhecendo o Brechó da Thaisa através de amigos e gostei muito”, disse ela.