Quantas estrelas você já salvou hoje?

Publicado em 16/07/2016 00:07

Todos nós, de uma forma ou outra, podemos fazer a diferença.
Essa é uma premissa básica a ser aceita para a compreensão desse texto e também da vida.
Essa semana li uma história muito interessante, que relatarei resumidamente abaixo.
Um homem caminhava por uma praia refletindo sobre a vida, pensando no desejo que pulsava dentro dele de um dia poder fazer a diferença para o mundo.
Entretanto, apesar de todos os esforços, ele sentia que tudo era sempre em vão.
Enquanto caminhava pela praia com esses pensamentos, o homem notou que bem ali onde ele estava, em todas as direções, haviam milhares e milhares de minúsculas estrelas-do-mar, que eram levadas pelas ondas até a costa.
Então ele continuou a caminhar pensando na crueldade do oceano, uma vez que, em breve, todas elas estariam mortas, levadas pelas ondas e deixadas à própria sorte.
Mais adiante, o homem se deparou com uma velha senhora, de pé na beira do mar, jogando as estrelas de volta no oceano.
Quando ele lhe perguntou o que estava fazendo, ela disse que sempre quis fazer a diferença e havia decidido que aquele era um ótimo dia para começar.
O homem olhou para as milhares e milhares de estrelas-do-mar fora de seu habitat e disse:
– Para cada estrela que a senhora joga de volta no mar, três outras são trazidas para a areia pelas ondas. Como a senhora poderia fazer a diferença?
A mulher o olhou, pensativa, e, em seguida, pegou outra estrela e jogou-a de volta no mar.
– Eu fiz a diferença para esta aqui – disse ela, com o sorriso mais lindo que aquele homem já vira.
Assim acontece em nossa vida.
Se formos utilizar a possível justificação da “pequenez” dos nossos atos, ante o aparente “gigantismo” das dificuldades, da desigualdade e da maldade do mundo ou de algumas pessoas, certamente o desestímulo será tamanho que nos impedirá de sequer tentar fazer algo de bom e concreto por alguém, ou por alguma causa.
Por isso, a atitude que devemos ter é a mesma da senhora da história acima.
Não importa quantas estrelas o mar traga para as areias, o importante serão aquelas salvas ao serem arremessadas de volta no mar. O importante será o bem realizado, dentro das suas possibilidades.
Às vezes as ondas trazem pessoas que amamos para as areias e também as deixam, assim como as estrelas, sem esperanças, à própria sorte.
Cabe a nós não desistirmos dessas pessoas, mesmo diante das possíveis dificuldades de ajudar a leva-las de volta ao mar.
Contudo, são milhares e milhares de “estranhos” que também estão presos na areia e precisam de alguém que os dê uma nova chance, e esse alguém pode ser você.
A ilusão é achar que grandes atitudes são necessárias para tanto, já que, muitas vezes, um simples gesto de carinho, uma palavra sincera, ou um ombro amigo, podem fazer isso.
Portanto, devemos sempre nos lembrar que “fazer a diferença”, não consiste apenas em grandiosos feitos, mas na brandura das nossas atitudes com esse propósito.
A simplicidade do bem é mais forte do que a complexidade do mal.
Assim, é preciso estarmos sempre prontos para sermos simplesmente bons e com simplicidade ajudarmos alguém.
Afinal, o importante é salvar as estrelas que nós pudermos.
Então: quantas estrelas você já salvou hoje?

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