MORRE NO RIO O CIRURGIÃO PLÁSTICO IVO PITANGUY, AOS 93 ANOS
O cirurgião plástico Ivo Pitanguy morreu por volta das 17h30 deste sábado (6), aos 93 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. Ele teve uma parada cardíaca, segundo sua assessoria. Pitanguy deixa a mulher, Marilu, quatro filhos e cinco netos.
Na manhã de ontem, Pitanguy carregou a tocha olímpica em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. Ele estava em uma cadeira de rodas.
O médico esteve internado até meados de junho no Hospital Samaritano para tratar de uma infecção causada durante a troca de um cateter.
O velório deve acontecer no Memorial do Carmo, a partir das 13h deste domingo (7), seguido pela cerimônia de cremação, prevista para as 18h.
Cirurgião, professor e escritor
Nascido Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy, em Minas Gerais, no dia 5 de julho de 1923, Pitanguy era considerado o maior cirurgião plástico do país e um dos maiores do mundo.
Formado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Faculdade Nacional de Medicina, hoje pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pitanguy começou sua formação na cirurgia plástica no fim dos anos 1940, quando foi cirurgião residente do Serviço do Professor John Longacre, no Bethesda Hospital, em Cincinatti, nos Estados Unidos.
Pitanguy era patrono da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro honorário da American Society of Plastic Surgery (AISAPS).
Também professor e escritor, foi membro da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira nº 22 desde 1990.
Em 2007, ele lançou uma biografia, chamada “Aprendiz do Tempo” (editora Nova Fronteira). Entre as histórias contada no livro, Pitanguy falou sobre o início de sua carreira, quando foi estudar no exterior o que não era ensinado no Brasil.