BANCÁRIOS EM GREVE E BANCOS VOLTAM A RENEGOCIAR NESTA TERÇA-FEIRA
O comando da greve dos bancários e a Fenaban – Federação Nacional dos Bancos – voltam à mesa de negociação nesta terça-feira, 27, a partir das 14:00 horas, em São Paulo.
Sem acordo até o momento, a greve dos bancários completou 21 dias ontem, dia 26. A paralisação começou no dia 6.
A última proposta apresentada pelos bancos no dia 9 de setembro foi de reajuste de 7% para os salários e benefícios, mais abono de R$ 3.300,00 a ser pago até 10 dias após a assinatura do acordo. A proposta foi recusada pelos sindicatos.
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
Agências fechadas
Segundo o último balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve fechou 13.385 agências na sexta-feira, 23.
A Fenaban não tem divulgado balanços diários de agências fechadas, mas informa que a população tem à sua disposição uma série de canais alternativos para realizar transações financeiras.
De acordo com o Banco Central, o país tem 22.676 agências bancárias instaladas, segundo último balanço do Banco Central.
Negociações
A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.
Os sindicatos alegam que a oferta não cobre a inflação do período e representa uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
A Fenaban disse em nota que a última proposta apresentada “resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos doze meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários”.
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.
Veja como pagar contas
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) diz que os clientes podem usar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Vale lembrar ainda que em correspondentes bancários, como postos dos Correios e casas lotéricas, também é possível pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
“Se ele [cliente] se sentir lesado ele pode ir direto ao Procon. Nós vamos analisar caso a caso, mas é importante ele saber que não se pode cobrar juros por algo que ele não teve culpa. Por isso, ele tem que comprovar que ele não conseguiu realizar aquela operação por causa da greve, que não houve outros meios”, afirma a gerente jurídica do Procon-PE Danyele Sena.
G1