Tópicos da Semana – Edição de 15/10/16.

Publicado em 15/10/2016 00:10

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva

Charge: Leandro Gusson (Tatto).

Charge 15-10Morde e assopra
Com o término das eleições e os governantes definidos, o que se vê agora é uma verdadeira enxurrada de oportunistas literalmente se encostando, tentando aproximações, dizendo que votou no fulano, que apoiou beltrano e até mesmo na tataravó do cicrano. Esquecem que o povo até pode não mais se lembrar, mas o político não esquece. Ele sabe muito bem separar o joio do trigo e lembrar (e muito bem lembrado) dos tapas na cara que ele ou seu grupo levaram por anos e anos…

Traíras
Muitos agora se encostam aos novos prefeitos e começam a dourar a pílula, para daí, a quatro anos, ou até antes, os traírem, e a história está aí para ser contada, desenhada e esboçada. São os chamados traíras. Se observarmos a definição desse peixe veremos tratar-se de um verdadeiro mandão, e que, mesmo com porte pequeno, costuma atacar peixes bem mais “poderosos” que eles, haja vista ser mais astuciosos que a própria piranha. Não é difícil pegá-lo no anzol devido a sua gulodice. Possui dentes muito afiados, e, ao ser capturado, pode morder de forma bastante doída. Se faz de bobo, mas está sempre preparado para dar algum bote.

Grupo
O que não se pode esquecer é que o então pré-candidato Ademir Maschio foi escolhido por um grupo político que, queiram ou não, fez um trabalho sério durante estes quase 8 anos, embora muitos órgãos de imprensa tenham o criticado, seja no governo de Favaleça, seja no atual governo, principalmente, de Armando Rossafa. Alguns até conseguiram “pular do barco” em que estavam, como muito foi comentado nesta campanha eleitoral, mas poucos conseguiram entrar no barco da vitória. Daí, Inês é morta!!!

Popular
No linguajar popular, para estas situações, existe a expressão ‘companheiro é companheiro e f.d.p é f.d.p’, e, quem não comunga com a luta, não pode comungar com a vitória de nenhum governo, até porque hoje, na cidade, parece que até mesmo os ‘amarelos’ por dentro estão mostrando suas carcaças verdes. Ahhhhh, o dinheiro. Em Santa Fé, pelo menos nesses quase quatro anos a frente da Funec, já deu para saber que o prefeito eleito Ademir Maschio sabe, e muito, quem são os baba-ovos, os desesperados, que agora perderam e querem, a qualquer custo, ser convidados para “os parabéns”, e ainda levar uma fatia do bolo para casa.

Força necessária
Aos eleitos, restará ter muito pulso firme para saber separar o joio do trigo, não dando asas pra cobra, não alimentando as traíras, até porque no futuro a mordida poderá ser doída demais, e nem basta irmos muito longe. Mais uma vez a história está aí pra ser contada…

Escolhas
Os novos prefeitos agora terão que fazer diversas escolhas, desde secretários a assessores. Na montagem de seus governos haverão, por obvio, que escolher os mais bem preparados. Mas a mesma obviedade vale ao fato de que ninguém irá escolher um ‘inimigo’ ou ‘adversário’ para compor o governo ou dele participar.

Na política
Evidentemente que na política existe o companheirismo, queiramos ou não, e ele é um tipo de união com o outro, de forma mais elaborada, seletiva e ativa. Existe, pois, elaboração e esforço em conjunto que não podem ser oportunistas. Há, sim, que haver comportamentos e ideias convergentes para se formar o verdadeiro espírito de equipe capaz de criar ligações profundas e duráveis entre os seus componentes.

Memória curta
O que não se pode permitir de nenhum eleito, seja ele prefeito ou vereador, é a tal da falta de memória, e para isso, até agora, os eleitos da cidade e região parecem estar bem atentos. Muitos grupos políticos foram literalmente perseguidos por anos. É a velha história: já que não “pinga” nada pra mim, então tome pancada. Saem por aí, pelas esquinas, literalmente descendo a lenha no governante, mesmo que sua administração seja as das melhores. Resumo da ópera: os ideais, o companheirismo e até mesmo determinados pactos são deixados de lado em detrimento do poder e do dinheiro.

Erram
Erram quem afirma que Antonio Carlos Favaleça fez um governo ruim. Erram quem diz que Armando Rossafa nada fez. O fato é que de nada adianta deixar tudo bonito por fora e, por dentro, um verdadeiro estrago. Ambos pagaram contas altíssimas, colocaram a casa em ordem e não se preocuparam em tão somente maquiar a cidade. É a velha história: por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento. Não que os governos anteriores deixaram a desejar, ao contrário, fizeram também, e muito, por Santa Fé do Sul.

 

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