Tópicos da Semana – Edição de 4/02/17

Publicado em 4/02/2017 00:02

Por Mário Aurélio Sampaio e Silva
Charge: Leandro Gusson (Tatto)

Charge 4-02Fechando as portas
A empresa de alimentos JBS anunciou o fechamento da unidade de Santa Fé do Sul na última quinta-feira, dia 2. Pouco mais de 600 funcionários devem ficar sem emprego, o que, sem dúvida alguma, além de ser péssimo para a economia local, deverá deixar centenas de famílias desempregadas. O município também será bastante lesado, pois irá perder cerca de 30% do ICMS. O encerramento das atividades da empresa, que opera no processamento de carnes bovina, suína, ovina e de frango e no processamento de couros, deve-se à decisão do Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica –, que “inviabilizou” operacional e economicamente as atividades da planta.

Desligamento
A assessoria da JBS informa que o volume de produção será transferido para outras fábricas da empresa no Estado, em Lins e Andradina. A empresa atuava na cidade desde 2013 e realizava atividades de abate e desossa de bovinos. Segundo a assessoria, cerca de 600 colaboradores trabalhavam na unidade e agora oferecerá aos funcionários a possibilidade de serem transferidos para outras unidades. Para os que não manifestarem a opção pela transferência, a JBS promoverá o desligamento, de acordo com a legislação.

Semana quente!!!
A semana começou quente com a prisão na segunda-feira, dia 30, do empresário Eike Batista, acusado de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Ele estava “belo e formoso” em Nova York e era considerado foragido desde quinta-feira da semana passada, quando teve a prisão preventiva decretada no âmbito da Lava Jato.

Reluzente
Acostumado a viver entre mansões, jatinhos e iates particulares, Eike, que há cinco anos ocupava o posto de homem mais rico do Brasil e oitavo do mundo, enfrenta agora, ô dó!!!, uma nova realidade privada de luxo. Está preso na Cadeia Pública Bandeira Stampa (Bangu 9), no Rio de Janeiro. Lá, dorme na parte de cima de uma beliche, sobre um colchão de espuma, com um travesseiro, uma bíblia, roupas, sacos plásticos e uma garrafa d’água. Reparte a cela com outros dois elementos. Os dois também foram presos na mesma operação da Lava Jato, a Eficiência.

Justiça
Ele está sendo investigado na Operação Eficiência por corrupção ativa. Teria transferido 16,5 milhões de dólares ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, por meio de uma conta no Panamá. O político, detido desde novembro do ano passado, é acusado de comandar uma organização criminosa que já lavou mais de 100 milhões de dólares no exterior, segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. O dinheiro teria sido desviado de obras públicas feitas no estado durante sua gestão.

Falcatruas
Ainda não se sabe qual a contrapartida recebida por Eike pela suposta propina, mas os investigadores defendem que sua prisão se justifica pelo fato de ele usar falsos negócios para forjar a legalidade de dinheiro lavado e, assim, “escamotear a verdade” dos órgãos públicos. Para maquiar o montante pago a Cabral, ele teria criado um contrato de fachada para a intermediação de compra e venda de uma mina de ouro que nunca aconteceu.

E o doce lar?
Talvez Eike tenha sido o único no mundo a ter carros de luxo não só para desfilar por aí, mas como peças de decoração dentro de casa avaliada em mais de R$ 20 milhões. Possuía Porsches, Lamborghinis e Ferraris (alguns chegam a valer mais de R$ 2 milhões) ambientando a sala de estar. Eike fazia questão de se exibir ao máximo, na fase em que ostentava o posto de empresário bem sucedido.

Choque térmico!
A nova “casa” do então milionário hoje tem apenas 15 m², um ventilador de teto. A privada, coletiva, fica no chão, separada por uma pequena parede. Lá o empresário recebe a mesma comida dos outros detentos, que normalmente é alguma proteína (carne, frango, salsicha, arroz ou macarrão e feijão), “um pouco” diferente da vida que levava em sua antiga casa, uma mansão de 3.500 m², em um terreno de 70 mil m², perto do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

E deu Maia
Anteontem, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) obteve 293 votos e se reelegeu nesta quinta-feira (2) em primeiro turno presidente da Câmara para o biênio 2017-2018.
Ele derrotou outros cinco candidatos que também estavam na disputa: Jovair Arantes (PTB-GO), Luiza Erundina (PSOL-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), André Figueiredo (PDT-CE) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Prudência
A candidatura de Maia chegou a ser contestada na Justiça pelos adversários, mas uma decisão liminar (provisória) do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira, dia 1º, permitiu que ele participasse da disputa.
Por isso, Maia esperou a definição do Supremo para só então fazer o registro oficial da sua candidatura, o que aconteceu à uma hora e meia do fim do prazo.

Semana quente II
O prefeito de Jales, Flávio Prandi Franco (DEM), sofreu um acidente na noite da última terça-feira, 31, após bater seu carro na traseira de um caminhão na Rodovia Washington Luiz (SP-310), em Cedral. Flá, como é chamado, sofreu apenas leve escoriações e foi atendido no Hospital Padre Albino, em Catanduva. Na quarta-feira, o ex-prefeito de Santa Fé, Antonio Carlos Favaleça, também se envolveu em um pequeno acidente de carro em Santa Fé, mas nada sofreu.

 

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