RIO PRETO CONFIRMA DOIS CASOS DE VARÍOLA DOS MACACOS
Rio Preto confirmou nesta segunda-feira (1°) os dois primeiros casos de varíola dos macacos – doença transmitida pelo vírus Monkeypox. As vítimas são dois homens, de 33 e 34 anos, residentes de Rio Preto, que estão sendo monitorados pela Vigilância Epidemiológica.
Segundo a pasta, o paciente de 33 anos começou a apresentar os sintomas dia 23 de julho. O outro homem teve início dos sintomas no dia 26 de julho. Ambos tiveram o resultado confirmado para Monkeypox no último sábado (30). Não foi divulgado se eles precisaram passar por atendimento médico, nem se eles foram contaminados ao viajar para outras cidades ou países.
Com a confirmação dos dois primeiros em Rio Preto, a região contabiliza três casos positivos de varíola dos macacos.
O primeiro registro do Noroeste Paulista foi de um homem de 33 anos, morador de Bady Bassitt. Segundo a prefeitura, ele apresentou os primeiros sintomas da doença após ter retornado de uma viagem à Argentina. Ele chegou a ser internado no Hospital de Base, mas por apresentar quadro clínico satisfatório recebeu alta.
De acordo com a Coordenadoria Municipal de Saúde de Bady Bassitt, na última quinta-feira (28) o paciente recebeu alta da doença. Ao todo, o Estado de São Paulo contabiliza 1.031 casos positivos de Monkeypox desde o primeiro diagnóstico, divulgado no dia 9 de junho. A única morte pela doença confirmada até agora no Brasil foi de um homem de 41 anos, que morreu na última sexta-feira (29), em Belo Horizonte (MG). Em todo o país, até o momento são 1.369 casos positivos.
A doença é transmitida pelo vírus da mesma família da varíola humana e fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar emergência de saúde pública de importância internacional. No mundo, 21.099 casos da doença haviam sido confirmados até o final da tarde desta segunda-feira.
Atualmente, pelo que se sabe, a varíola dos macacos é transmitida por contato próximo ou íntimo como uma pessoa infectada e com lesões na pele ou por contato com objetos, tecidos e superfícies que foram utilizadas na pele de pessoas infectadas, como alicates de unha, por exemplo.
Apesar do nome, não há participação de macacos na transmissão para humanos. Entre os principais sintomas, que duram entre duas e quatro semanas, estão lesões parecidas com espinhas ou bolhas no rosto, dentro da boca, mãos, pés, peito, genitais ou ânus. Também é comum caroço no pescoço, axila e virilha.
Outros sintomas comuns nos pacientes diagnosticados com varíola dos macacos são febre, dor de cabeça, calafrios, cansaço e dores musculares. A orientação é que pessoas que viajaram no último mês monitorem os sintomas e, diante de suspeita, procurem um médico.
Como prevenção, autoridades de saúde também recomendam que as pessoas evitem contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele, evite compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais, usem máscara e higienizem as mãos com frequência.
PAÍS RECEBERÁ ANTIVIRAL, DIZ SAÚDE
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (1º), em seu perfil no Twitter, que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat para combater a varíola dos macacos. Na última sexta-feira (29), a pasta confirmou a primeira morte pela doença no País, em Belo Horizonte (MG).
“O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da OPAS (@pahowho), o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento”, escreveu Queiroga, em referência à Organização Pan-americana de Saúde (Opas). O ministro não informou, contudo, quando o país receberá o antiviral, nem o número de doses.
No último dia 23 de junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a varíola dos macacos é uma emergência sanitária global, diante da expansão da doença e do risco de contaminação.
O Ministério da Saúde criou na sexta-feira (29) um grupo emergencial para tratar o avanço da varíola dos macacos (monkeypox) no país. O Centro de Operação em Emergências (COE) reúne representantes de diferentes setores da federação, como Anvisa, Conass e Conasems. Mesmo com a medida, especialistas e gestores de saúde reforçam que a pasta ainda precisa ampliar sua capacidade de testagem, desenvolver campanhas públicas de conscientização com sentido de urgência e impulsionar as negociações para aquisição de vacinas.
Em coletiva de imprensa, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que “o grande objetivo” do COE é desenvolver um plano de contingência, com análise das informações epidemiológicas da doença. (Agência Estado).
A DOENÇA
1- O que é a varíola dos macacos
A varíola dos macacos é uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos.
Existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).
A taxa de mortalidade de casos para o vírus da África Ocidental é de 1%, enquanto para o vírus da Bacia do Congo pode chegar a 10%.
As crianças também estão em maior risco, e a varíola durante a gravidez pode levar a complicações, varíola congênita ou morte do bebê, aponta a OMS.
2- Quais os sintomas da doença
Febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão.
Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais.
As lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem
uma crosta, que depois cai.
Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas.
3- Como ocorre o contágio
Pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis. Também pode ser transmitida pelo contato sexual. Diário da Região.