Zeca Duran: o artista multifacetado fala sobre o seu mais novo trabalho
Por Lelo Sampaio e Silva
Depois de ter rodado mais de 50.000 quilômetros sobrevoado cidades, navegado por rios, frequentado as melhores festas populares, restaurantes, pousadas, hotéis, bares, clubes, baladas e cafés, Zeca Duran, o turismólogo viajante, escultor do “Eu Amo Santa Fé”, localizado na Praça da Matriz, o também apresentador do programa “Vambora”, do SBT fala como foi sua jornada de descobertas junto aquela ao SBT Interior, revelando com exclusividade para O Jornal os deliciosos segredos da região.
Sobre sua experiência como apresentador de televisão, o artista multifacetado explicou que foi uma experiência muito edificante sob vários pontos de vista. “Não é uma tarefa fácil, mas valeu a pena. Concorrer com o advento crescente da internet se consolidando cada vez mais como principal veículo de comunicação, a TV, o rádio e a imprensa escrita, tive que me reinventar. A principal revelação que trago neste sentido é que na internet os números são expressivos, contudo, as pessoas publicam qualquer coisa e a credibilidade duvidosa é algo à ser certificado sempre. Na TV, no rádio e no jornal impresso, as informações têm inegável credibilidade superior, visto que existe todo um cuidado, até mesmo pela responsabilidade das informações transmitidas junto as leis historicamente regimentadas. Logo, se está tá no jornal, no radio ou na TV, é uma informação séria e de alto valor e credibilidade”, destacou.
Produzir conteúdos para a televisão foi, sem dúvida alguma, segundo ele, uma tarefa árdua, haja vista ela possuir vários padrões e leis. “Durante esses seis meses de programa eu não conseguia ter paz, e nem dormir, quer fosse produzindo as reportagens, conversando, editando e transmitindo dados. Neste quesito houve muito empenho da equipe toda e um trabalho árduo do meu amigo Rodrigo Pirola, o editor chefe da equipe técnica, a quem dedico especial agradecimento”, disse.
Para ele, ser apresentador foi algo totalmente diferente do que já havia feito. “Foi como viver no inferno e no paraíso ao mesmo tempo, isso por que o SBT me abriu muitas portas, mas, ao mesmo tempo, um programa novo tem seu prazo de validação para a audiência e reconhecimento do público. É muito difícil lidar com as lógicas subjetivas e fazer as pessoas perceberem e validarem dentro do tempo estimado”.
Audiência
O programa estreou no dia 5 de março deste ano e a estimativa foi de 4,5 pontos de audiência, ou seja, por volta de 500 mil pessoas assistindo. Depois de um mês, já eram 8 pontos, em uma métrica que calculava 1,5 milhões de espectadores. No terceiro mês, já batia os recordes internos e chegou a aproximadamente de 3,5 milhões de lares.
“A repercussão foi muito positiva e a validação era percebida na rua pelas pessoas me reconhecendo pessoalmente e reconhecendo o corcelzinho. Nas estradas da região todo mundo buzinava, acenava, e fazia festa. Era era difícil ir de Santa Fé até Rio Preto sem ganhar menos do que cinquenta buzinaços. Em Araçatuba, uma leva de pessoas tiraram fotos comigo no carro. Até o Fabiano, da dupla Cezar Menotti & Fabiano, tirou foto no corcel e brincou. Em Presidente Prudente me trataram como ‘rei’. Por outro lado, fazer os patrocinadores entenderem o retorno sutil da televisão em relação a internet é muito difícil, pois quando pensam em televisão, pensam nas massas educadas em efeito manada alvoroçada, enquanto que na internet o efeito manada também acontece, mas de forma percebida pelos números com fácil manuseio, controle e contabilização. São lógicas diferentes e cada um dos veículos tem suas forças e fraquezas.
O Vambora acabou?
O programa por hora está tendo uma pausa e terá seu retorno no novo padrão, que será modificado atendendo aos interesses dos novos patrocinadores. E, se antes era arte, turismo e gastronomia, o novo programa terá sua fórmula padrão culturalmente modificada para as novas formas de consumo e conteúdo. Estão sendo feitos testes na internet para acertos de comunicação e formação de público. Quando tudo estiver pronto, será lançado na certeza de sucesso numa escala ainda maior.
Como é de conhecimento a notória e reconhecida credibilidade artística de Zeca Duran, o artista, inquieto, não para de fazer arte, na melhor acepção da palavra. Ele continua fazendo esculturas e artes, exposições e curadoria de exposições. “Tivemos uma exposição de telas bem bacana no Espaço Cultural Iguatemi, em São José do Rio Preto, e estamos preparando uma exposição no Masp, em São Paulo, com data ainda a ser definida. No mais, tenho andado e conhecido lugares, peculiaridades e pessoas, só que agora não mais em caráter assertivo e, sim, num trabalho turístico com o refinamento que terá como resultado uma listagem com reportagens dos lugares visitados e classificação, para serem visitados por turistas em nossa região, tais como bares, restaurantes, hotéis e afins, com o mesmo nível de credibilidade e confiança que aprendi na televisão. Será uma espécie de Guia 4 Rodas, Guia Michelin, e neste caso propriamente dito, o Guia Turístico do Estúdio Rosa Cruz, elaborado por mim”, finalizou o artista Zeca Duran.
As edições do programa Vambora podem ser vistas ou revistas no Youtube, bastando pesquisar por vamborazecaduran.