Teste genético: descubra o que é, como funciona e para que serve
Os genes armazenam dados sobre cada um de nós, que são exclusivos, muito individuais. Entre eles, a cor dos olhos, a tendência à calvície, à obesidade e até ao desenvolvimento do câncer e de Alzheimer.
A partir dos estudos sobre os genes e hereditariedade (a genética), tornou-se possível a criação de exames com potencial para diagnosticar diferentes tipos de doenças genéticas. Para essa descoberta, basta usar amostras como saliva ou sangue. É possível até prever os riscos de desenvolvimento de problemas hereditários, mesmo que a pessoa não apresente sintomas.
O que é um teste genético?
A finalidade de um exame genético é procurar mudanças específicas herdadas (que são as mutações) nos cromossomos, proteínas ou genes de uma pessoa. Essas alterações podem ser benéficas, nocivas, neutras (não produzem nenhum efeito) ou de natureza incerta.
No caso das mutações nocivas, elas tendem a aumentar as possibilidades de a pessoa desenvolver doenças graves, como o câncer. Geralmente, as alterações herdadas provocam entre 5% a 10% dos cânceres.
Mesmo assim, alguns padrões, como tipos de câncer, doenças não cancerígenas (cardiopatias, por exemplo) e a idade mais propícia para o desenvolvimento do problema podem indicar a existência de uma síndrome herdada.
Como funciona o teste genético?
O exame genético é, na maioria das vezes, solicitado por médico. Os testes são feitos sobre uma pequena amostra de tecido ou de líquido corporal, como sangue, saliva, pele, líquido amniótico e células da parte interna da bochecha.
Essa amostra é enviada para um laboratório qualificado na efetivação desse tipo de teste. O resultado é enviado ao médico que solicitou o exame e, em alguns casos, ao próprio paciente. Ele pode demorar algum tempo até ficar pronto — em geral, algumas semanas.
A orientação genética é feita antes do teste e após o recebimento dos resultados dos exames, pois, assim, o médico conta com informações mais exatas sobre a importância de determinado exame para seu paciente.
Em quais situações o teste genético pode ser útil?
Na oncologia (que estuda o câncer), a avaliação do DNA contribui para identificar alterações genéticas que se relacionam com cânceres de tipos diferentes. Pode-se, assim, calcular as probabilidades de que a doença venha a aparecer a partir do histórico da família ou se a própria pessoa tem a doença. Quando já há tumores, o exame genético se efetua sobre o tecido para compreender o funcionamento dele, sua evolução e definir o melhor tipo de tratamento.
Prescrição de remédios
Nem sempre um remédio é eficaz para todas as pessoas. A farmacogenética estuda a reação pessoal a cada medicamento, pois assim, pode definir tratamentos mais eficazes.