Hebe Camargo

Publicado em 25/11/2022 00:11

A nossa heroína de hoje, Hebe Camargo, é um dos maiores ícones da nossa televisão. Carismática, nasceu justamente no Dia da Mulher, em 8 de março de 1929.
A Rainha de Taubaté, sua terra natal, completou este ano 10 anos de ausência nos palcos de auditório. Mas o seu filho, Marcello Camargo, santafesulense da gema, resgatou, no Sonho de Natal da Estância, o Programa Hebe, realizado no palco que ganhou o seu nome: Palco Cultural Hebe Camargo.
A dama da TV brasileira era de família humilde, filha do casal Ester e Sigesfredo Monteiro Camargo, conhecido como Fego Camargo, violonista do Cine Politeama, que exibia filmes mudos. Aos 14 anos, Hebe iniciou sua carreira como cantora, imitando a consagrada Carmem Miranda em programas de calouros. Gravou um disco homenageando Carmem Miranda e foi convidada para participar de alguns filmes do inesquecível Mazzaropi.
Em 1957, com o visual modificado (cabelos loiros), estreou o primeiro programa feminino da televisão brasileira, “O Mundo é das Mulheres”, pela Tupi.
Entre 1964 e 1966, Hebe ficou afastada da televisão e do rádio, mas retomou sua carreira, primeiro na Rádio Excelsior e depois, em 6 de abril de 1966 como apresentadora do “Programa Hebe”, pela Rede Record de Televisão.
A estreia foi arrebatadora. Roberto Carlos foi o astro convidado e a audiência chegou a 70%, batendo os recordes da época. A atração sedimentou nomes importantes da música brasileira. Sob a batuta do músico Caçulinha e seu Regional, Hebe recebia frequentemente nomes como Wanderléa, Martinha, Ronnie Von (a quem deu o apelido de “Príncipe”), o próprio Roberto Carlos, de Rei e Erasmo Carlos, de Tremendão, que se despediu nesta semana definitivamente da Turma da Jovem Guarda.
A nossa Rainha dos Palcos esteve em Santa Fé do Sul, nos anos 90, acompanhando o ex-presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, na Escola Tereza Siqueira Mendes.
Certa vez, este colunista, quando era presidente do Clube Nipo, em conversa com o saudoso Nori Takayama, que era amicíssimo de Marcello Camargo, disse que gostaria de trazer Hebe Camargo a nossa tradicional Festa do Bon Odori. Hebe, que adorava a cultura japonesa, estava animada para vir participar, mas infelizmente, por compromissos, não pode. Mas, após 10 anos, tivemos o privilégio e a honra de assistir ao Programa Hebe. Foi simplesmente maravilhoso!

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