Santa Clara D’Oeste e Santana da Ponte Pensa completarão 50 anos de fundação
Por Daniela Trombeta Dias
Na próxima sexta-feira, dia 21, as cidades de Santa Clara D’Oeste e Santana da Ponte Pensa completarão 50 anos de fundação.
Santana da Ponte Pensa
Nos idos de 1920, a região onde se encontra o município de Santana da Ponte Pensa era uma área inexplorada, onde apenas a criação de gado existia, sendo essa a principal fonte de riqueza. Havia a antiga Fazenda Ponte Pensa, com seus trinta mil alqueires de terra, com um grande claro – sete mil, duzentos e sessenta hectares – de propriedade de José Karan. As terras que se pretendiam cultivar aguardavam a chegada dos primeiros colonos.
Por volta de 1950, quando já se desbravara toda a região, através do retalhamento das terras de propriedade da Companhia Agrícola Imobiliária de Colonização – CAIC -, um conhecido desbravador do sertão, Francisco Schimidt do Prado, iniciou a colonização da área.
A Companhia Schimidt, juntamente com os herdeiros de José Karan, fundou a cidade, e, a 12 de outubro de 1951 já era levantado o primeiro cruzeiro e rezada a primeira missa campal.
O desenvolvimento da região foi significativamente marcado pela chegada dos trilhos da Estrada de Ferro em 1952, trazendo novos moradores, atraídos pelas férteis terras. A vila Santana do Sul crescia, e, em 1953, foi elevada à categoria de Distrito, cujo Cartório de Registro Civil foi instalado no ano seguinte.
A invocação de Santana, Mãe de Maria, é a demonstração de fé dos moradores e do herdeiro Cecílio Karan, proprietário de extensas terras, homem culto que, numa revivência do franciscanismo, renunciou às belezas do mundo pelo amor à sua crença e fervor à sua fé, dando origem à denominação da futura cidade de Santana da Ponte Pensa, que recebeu o nome devido à antiga Fazenda Ponte Pensa.
A invocação a “Santana”, Mãe de Nossa Senhora, deve-se à fé dos moradores do povoado e do herdeiro de José Karan, Sr. Cecílio Karan, “Ponte Pensa”, deve-se à antiga Fazenda Ponte Pensa, que abrangia toda a região.
A cidade possui, de acordo com o censo do IBGE 2010, 1.641 habitantes, sendo 841 homens e 800 mulheres, e a expectativa de vida é de 72 anos.
Santa Clara D’Oeste
A região do Córrego do Contra, onde hoje se encontra a cidade de Santa Clara D’Oeste, foi uma das primeiras a ser povoada, quando do loteamento da antiga fazenda Ponte Pensa, em 1948, pela Companhia Agrícola Imobiliária de Colonização – CAIC.
Em 1949, começaram a chegar à região outras famílias, e, com a colonização, Giocondo Giovani loteou um sítio para formar um núcleo urbano, dando-lhe o nome de Santa Clara, homenagem à sua filha.
A 20 de maio de 1951 foi levantado um cruzeiro e celebrada a primeira missa.
Com o progresso da vila, o prefeito de Jales, que jurisdicionava a região, criou a Escola Municipal.
Por volta de 1953, Santa Fé do Sul, que já se situava na região, reivindicou sua emancipação política. O espírito de autonomia espalhou-se nas redondezas e, nesse mesmo ano, Santa Clara D’Oeste elevou-se a Distrito.
Muitas pessoas contribuíram para a instalação do município de Santa Clara D’Oeste, como o então prefeito de Santa Fé, Thomaz Monte Vicente, e os santaclarenses Jerônimo Marques Sobrinho, Alcino Facincani e Bendito Oswaldo Boldino.
De lá parta cá o município mudou muito, e vários nomes já ocuparam o cargo de prefeito da cidade.
Segundo o último censo do IBGE, que foi realizado 2010, em Santa Clara há 2.084 habitantes, sendo 1.073 homens e 1.011 mulheres, e a expectativa de vida dos moradores é de 72 anos.
O município fica no bico direito da Bacia Hidrográfica de São José dos Dourados; no lado esquerdo, a Bacia Hidrográfica Turvo Grande, sendo os principais rios, Grande, Rio Paraíba e Rio Paraná, e os afluentes, Córrego do Contra, Córrego do Can Can e Córrego do Mineiro.