Novos recursos para o manejo e a classificação dos nódulos da tiroide: Doença funcional ou maligna?

Publicado em 10/03/2023 00:03

A avaliação do nódulo tiroidiano, um achado frequente na prática clínica, inclui dois tópicos fundamentais: o aspecto funcional (dosagens de TSH e de T4 livre) e a possibilidade de a lesão ser maligna.
Em relação à função da glândula, queixas compatíveis com tirotoxicose, a exemplo de perda de peso, taquicardia, tremor de extremidades e arritmia podem levar à suspeita de nódulo tóxico, enquanto a presença de lesão nodular concomitante a sintomas de hipotiroidismo suscita a hipótese de tiroidite de Hashimoto. Uma alteração no resultado da dosagem de TSH pode apontar para uma ou para outra vertente.
No que concerne à natureza do nódulo, alguns dados da história clínica e do exame físico sugerem maior risco de malignidade.
Após a avaliação clínica inicial, na vigência de dosagem de TSH com índice normal, a realização de ultrassonografia da tiroide com atenção para as características e para o tamanho do nódulo é fundamental na indicação de punção aspirativa com agulha fina (PAAF).
Como tirar melhor proveito da ultrassonografia de tireoide
A ultrassonografia (US) de tiroide é o método mais sensível para a detecção de nódulos na glândula, porém, em virtude da alta prevalência dessas lesões e da baixa agressividade do carcinoma tiroidiano, não deve ser usada como screening na população geral. O exame está particularmente indicado em pacientes com um ou mais nódulos palpáveis, no diagnóstico de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 ou em casos de história familiar de câncer de tiroide, assim como em crianças submetidas à irradiação cervical, mesmo sem lesão palpável.
As características ultrassonográficas associadas a maior risco de malignidade incluem hipoecogenicidade, microcalcificações, margens irregulares ou mal definidas diâmetro anteroposterior maior do que o transverso e detecção de adenomegalia cervical.
Existem algumas formas de reunir as características ultrassonográficas dos nódulos, atribuindo-lhes números, percentagem similar de malignidade à usada em BI-RADS. O sistema baseia-se na classificação dos nódulos de tiroide exclusivamente quanto às características de US.
Fonte: Laboratório Fleury

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