Juca Chaves, o Menestrel Maldito

Publicado em 31/03/2023 00:03

O nosso herói de hoje é cantor, compositor e humorista.
É Juca Chaves, Menestrel do Brasil, que aos 84 anos nos deixou menos irreverentes.
Justamente pelo seu legado de irreverência através das sátiras sociais e políticas é que Vinicius de Moraes o denominou de Menestrel Maldito.
Torcedor ilustre do São Paulo F.C., compôs uma marchinha em homenagem ao tricolor paulista declarando o seu amor ao clube do Morumbi.
À época, ele afirmou que se tornou são-paulino por causa de Leônidas da Silva.
Além do Diamante Negro, seus demais eleitos foram: Bauer, Mauro, Raí, Canhoteiro, Poy, Gino Orlando, Müller, Cafu e Rogério Ceni.
Nascido no Rio de Janeiro, Jurandyr Czaczkes Chaves iniciou sua carreira durante a década de 1950. Em sua trajetória profissional se notabilizou por canções como “Por Quem Sonha Ana Maria?” e “Verinha” e também por shows e canções irreverentes. Em muitos momentos de sua carreira, fez sátiras políticas, como em “Caixinha… Obrigado!”, “Presidente Bossa Nova”, “Brasil Já Vai à Guerra”, “Honestidade”, “Latino-Americano” (Desculpe, Foi Engano) e “O Menestrel”.
Perseguido pela Ditadura Militar, foi exilado pelas suas músicas com humor ácido em relação a situações no país. Em pleno show do artista, um censor do governo militar parou a música e disse: – Me acompanhe! Foi quando o nosso herói tranquilamente perguntou: – Qual o tom, companheiro? Não era por nada, a piada anterior que Juca Chaves havia contado foi justamente de como se media um burro: – Médici dos pés à cabeça…
Quando se apresentou aqui em Santa Fé do Sul, no Complexo Turístico, na abertura do espetáculo disse: – Quero agradecer em primeiro lugar ao prefeito municipal, que aliás é meu colega de profissão, e teve a sensibilidade cultural de me trazer aqui na Terra do Tiririca!

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