TRABALHADOR RURAL QUE SOFREU AVC AO SER ATACADO POR ABELHAS RECUPERA PARTE DOS MOVIMENTOS
O trabalhador rural de 47 anos que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) depois de ser atacado por um enxame de abelhas-europeias recebeu alta do hospital e recupera aos poucos os movimentos dos braços e das pernas. O caso ocorreu no dia 30 de abril, em Tanabi.
Luciano Aparecido da Silva deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base de São José do Rio Preto no dia 3 de maio. Dois dias depois ele voltou para a casa e assustou os familiares com dor no peito.
“Eu achei que era um infarto, corri com ele para o hospital. Lá os médicos confirmaram que é porque os nervos estão voltando ao normal, recuperando o movimento. A mão é que ainda não levanta. Ele deu um susto em nós, achei que era algo pior”, explica Cristia Renata Rodrigues Silva, esposa de Luciano.
Segundo Cristia, o marido deve começar o tratamento com fisioterapia nesta quarta-feira (10). Ele passará por avaliação da assistência social da prefeitura para iniciar as sessões.
“Eu creio que ele vai precisar de umas duas sessões de fisioterapia por semana. Os médicos dizem que ele não volta 100%, mas que ele vai recuperar bem. Nesse tempo, vamos prestar atenção para ajudar no que for preciso”, diz.
O ATAQUE
Luciano roçava um terreno quando atingiu o enxame por acidente. Ele levou mais de 60 picadas, principalmente na cabeça, costas e pescoço. Para se livrar das abelhas, o trabalhador rural chegou a pular dentro de uma represa.
Na ocasião, ele foi socorrido pelos bombeiros e encaminhado à Santa Casa de Tanabi, onde sofreu o AVC. Por conta do ocorrido, ficou com o lado direito do corpo paralisado.
COMO AGIR EM CASOS DE ATAQUES?
Para entender como agir em casos de ataques desses insetos, o g1 conversou com um médico especialista e um tenente do Corpo de Bombeiros.
Em entrevista, o médico Carlos Caldeira, especialista em Terapia Intensiva, Emergência e Toxicologia no HB de Rio Preto, informou que em situações similares com a de Luciano, a soma do veneno da picada leva a quadros graves, que podem evoluir para infarto, AVC, destruição de hemácias, lesão muscular, insuficiência renal e respiratória.
Segundo o tenente André Luiz Brito Teixeira, do Corpo de Bombeiros, o principal conselho para evitar ataques é manter distância da colmeia. Mesmo que ela seja pequena, não é indicado jogar água, por exemplo. g1.