João Soares Borges, Decano da Medicina
O nosso herói de hoje é um “jovem médico” que toca pelo menos sete instrumentos – médico, conselheiro do CRM, advogado, professor, colunista de jornal, compositor e seresteiro, além de ter sido vereador e racheiro pelo Tênis Clube.
João Soares Borges, nascido aos 20 de março de 1941, no Rio de Janeiro, carioca da gema, flamenguista, amigo e companheiro de serenatas é primogênito do casal Laura Soares, tecelã, e João Aldenias Borges, torneiro mecânico, de uma família de três irmãos, o saudoso Eduardo e a caçula Maria Alzira, que mora no Rio. Ele se formou na Escola de Medicina do Rio de Janeiro em 1966 e se casou em 1968, com a princesa de Botafogo, Marlene Reis, cuja paixão continua firme. Em 1971 veio clinicar em Aparecida do Taboado e, em 1972, montou consultório em Santa Fé do Sul e trabalhou como anestesista na Santa Casa e supervisor do Inps regional.
Decano da Medicina, João Borges, no alto dos seus 83 anos bem vividos, tem uma agenda ativa de trabalho como pediatra, homeopata, médico endocanabinoide, médico de família e comunidade.
As suas peripécias fora da medicina contam que, quando era racheiro no Tênis Clube, em dias de chuva, o seu uniforme branco ficava intacto, tal a sua habilidade com a bola. Nos festivais de música popular brasileira da cidade, era compositor e, em uma de suas edições, sua música recebeu título de melhor intérprete através do afinado cantor Firmino. Grande amigo e parceiro do excepcional violonista Zenóbio, participou das memoráveis “Serestas do Coração” organizadas pelo Clube do Coronariano, com a presença de Percival, Lúcia Helena, Watanabe, Alírio, Beto Alcalá, Rubens, Nelson, Lusmarina e os saudosos músicos Nego Caçador, Euricão, Raimundo Silva, Jerônimo Xavier, Maria Rocha, Otília, Joãozinho do Bandolim, Davina e Dico da Viola. Nas noites de serenata pela cidade, João Borges levava Osmar Novaes com seu bandolim de ouro. O problema era chegar até a casa do Ditão Pintor, que ficava num bosque no centro da cidade. O cachorro dele vinha latindo e mordendo, mas Ormarzinho, mesmo tocando o instrumento, chutava o animal de estimação para longe. Levar um litro de whisky era imprescindível, porque o “Rei da Seresta”, além de deixar o violão no sereno, passava o líquido precioso nas cordas de aço para dar beleza aos acordes dissonantes nas noites de luar.
João Borges, você é um orgulho para todos, inclusive para os seus filhos Leonardo, Leandro, Luciano, Cristiane e Cláudia, e para os seus queridos netos, Eduardo, Sandara, Pietra, Tairine, Cecília e Anabelle.
Parabéns, querido herói!