Inteligência Artificial e Educação
Imagine você diante de um robô que pode responder a todas as suas perguntas, sanar qualquer dúvida, mas para isso é preciso perguntar em idioma específico, inglês, por exemplo. Se você não fala a língua, de que adianta estar à frente de uma máquina tão maravilhosa?
Toda vez que a humanidade dá saltos tecnológicos, isso acontece. Ou você aprende a se comunicar com o novo “aparelho” ou ele é inútil para você ou vice versa. Como a história já provou, o resultado da não adaptação é a obsolência e, em muitos casos, a extinção.
Hoje, usar inteligência artificial requer saber se expressar, possuir conteúdo e ter um bom vocabulário.
Walter Longo, administrador, especialista em inovação e transformação digital faz uma reflexão sobre qauem estará habilitado para utilizar estas “máquinas inteligentes”.
“Um jovem, atualmente tem 40% menos de extensão vocabular do que um jovem do High School americano na década de 50. Conclusão triste, nós temos menos vocabulário. Sabe o que isso traz como consequência? Primeiro você não consegue trabalhar com inteligência artificial tendo vocabulário pobre. Como você vai se expressar sem riqueza linguística? Tanto que a gente está vendo que as pessoas mais idosas estão conseguindo mais colocação na área da inteligência artificial do que os mais novos. Isso porque os mais velhos leram mais, têm mais extensão vocabular, mais cultura. Nós precisamos entender que a tecnologia não traz um problema. Ela é usada por alguém para sobrar mais tempo e poder ler mais, ao outro, para ficar no videogame, assim o destino desses dois será diferente. Nós somos donos dos nosso destino. Eu preciso ter cada mais – em tempos de inteligência artificial – mais imaginação. E para eu ter imaginação tenho de ler muito”.
É nesse ponto de gostar de ler que entra a Educação. Os nossos jovens só precisam mesmo saber ler, escrever, interpretar e fazer contas.